Carinho é uma coisa que comove.
Saber que uma pessoa dedicou algumas horas da sua vida fazendo algo ligado a você, sem que você nem soubesse… Que, ao invés de fazer suas coisas cotidianas, parou, pensou, planejou, foi atrás de material, fez e ficou lindo… Como diz a propaganda do cartão de crédito, não tem preço mesmo.
A Clara ganhou muitos presentes.
Eu olho no armarinho dela e vejo cada um, lembro de cada pessoa. Amigos queridos, parentes… e pessoas que nem me conheciam.
Isso me comove muito: minha pequena ganhou presentes de pessoas que nem me conhecem -ou que nem me conheciam até então. Ganhou um conjunto lindo de macacãozinho com um saco de bebê, acolchoados, branquinhos com florzinhas miúdas, a coisa mais linda do mundo, da Nani. A Nani é leitora do blog, tem uma filha linda – a Letícia – e compartilha das mesmas sensações, vivências e emoções que eu.
Clara ganhou também dois casaquinhos de lã feitos especialmente pra ela pela Dona Dilma, mãe da Guta Orofino, que também não me conhecia e hoje é uma querida amiga.
Clarinha ganhou, ainda, um outro casaquinho fofíssimo da sogra da minha amiga Karen, feito também pra ela. E tive a felicidade de conhecê-la, por coincidência, outro dia num café. Coisa boa cumprimentar alguém que, de certa forma, já nos conhecia… embora nunca tenha nos visto.

E hoje a Clara ganhou um presente que me tirou o ar, de uma pessoa que eu já conheço a um certo tempo. A Ana Paula começou como minha aluna no laboratório, quando ainda estava na graduação. Agora ela é bióloga formada e, no início do ano, passou na seleção do mestrado lá no nosso laboratório. Hoje, além de aluna, tenho a felicidade de tê-la como uma grande amiga. Conheci a família dela já faz um tempo. E dá pra entender bem porque ela é assim…
Hoje a Clara ganhou uma manta feita especialmente pra ela, pela Lidia, mãe da Ana. A Lidia se preocupou em fazer a manta exatamente das cores do quartinho da Clara… O mais especial de tudo é que a Lidia acabou de ganhar um netinho, o Mateus, que é a coisa mais linda. Então o que me comove, além do trabalho em si, que é maravilhoso, foi a Lidia ter parado, se preocupado e feito uma coisa pra Clara quando poderia estar fazendo pro Mateus, seu neto.
Saber que nossos amigos gostam da gente é uma coisa ótima. Mas saber que eles gostam dos nossos filhos, que nem chegaram, é uma coisa que não tem nome ainda…

Aqui do lado de cá, a Clara tem uma vovó só. É a vovó Fátima, que mora no interior de São Paulo e, por isso, não pôde acompanhar a gravidez ao vivo e a cores, embora saiba de todos os detalhes de longe. E a Clarinha tem também uma vovó do lado de lá, a Célia, mãe do namorado, que infelizmente já se foi e que tá lá preparando a neta pra sua reestréia. E que, com certeza, cuidará dela à distância.

Mas a Clara também tem um monte de vovós postiças. E, embora seja até meio injusto mencionar apenas algumas pessoas (já que tudo o que a minha pequena tem foi fruto do carinho conjunto de um monte de amigos), confesso que as vovós postiças merecem mesmo um destaque. Dona Cecília, que me acompanha aqui em Floripa desde que cheguei e com quem compartilho o nosso almoço mensal; Thereza, minha orientadora e amiga, que sempre pergunta “Como tá a minha neta?”; Mirtes, amiga querida que me acompanha há tantos anos e que nos hospedou tão carinhosamente na loucura do concurso; Sulema, que tem o coração maior que ela própria (e olha que a mulher é alta!), cuidou da gente como filha e neta mesmo e que manda arroz doce “pra Clara” sempre que pode.

É demais isso… Sou uma grande felizarda por tê-las todas por perto, mesmo que longe.

Aí embaixo tem três fotinhos, em homenagem a essas vovós postiças. A primeira é a mantinha feita pela Lidia. A segunda, foi a primeira mantinha que a Clara ganhou, feita pela Sulema. A terceira é outra mantinha, que a Thereza trouxe de sua estadia de estágio sênior nos Estados Unidos.

by Lidia

by Sulema

by Thereza
Uma coisa é certa: frio essa bebezinha não vai passar.
Porque calor humano, aqui, não falta.

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