Existem mulheres de todos os tipos. Não dá nem pra fazer uma lista de todos os tipos e subtipos que existem… Dá, apenas, pra mencionar alguns.
Existem as mulheres frágeis, que quebram ao menor revés da vida.
Existem as mulheres falsa-frágeis, que fingem que quebram, mas que são fortes e não sabem.
Existem as mulheres acomodadas, que preferem que todos façam tudo por elas.
Existem as mulheres com problemas para assumir responsabilidades, que tendem a delegar suas principais funções a terceiros.
Existem as mulheres que assumem tudo e mais um pouco, e depois ficam meio doidas pra dar conta, mas gostam assim e dão conta sozinhas.
Existem as mulheres capas de revista, que são lindas, maravilhosas, têm corpaços e parecem bem resolvidas. Se são mesmo, só elas mesmas podem dizer.
Existem as mulheres Amélia, que curtem cuidar da casa, dos filhos, do companheiro, fazer coisinhas lindas pra eles e que são felizes assim.
Existem as mulheres Amélia que não são felizes assim, e vivem reclamando pelos cantos.
Existem as multiuso, que fazem um pouco de tudo, cuidam das crianças sozinhas, da casa, trabalham em jornada dupla, ainda cuidam do corpo, do espírito, lêem livros atuais, são feras no que fazem, mães exemplares, que não sofrem com culpas ou cobranças excessivas – ainda não conheci um ser superior assim, que deve ser de outro plano existencial, mas tudo bem…
Existem as que misturam um pouco de tudo isso e mais um pouco: são frágeis, fortes, capas de revista, corajosas, medrosas, bem-resolvidas, culpadas, dependendo do momento…
Hoje quero falar de mulheres batalhadoras. Que abriram mão de coisas que outras não conseguiram abrir, pra ir em busca de um sonho, de uma meta. Que ficaram longe de suas famílias pra estudar mais, pra se especializar, pra chegar no topo. Que muitas vezes se sentiram sozinhas, em crise, que pensaram em desistir de tudo e, em muitas vezes, se perguntaram: “O que eu tô fazendo da minha vida?”. Que viviam com as roupas mais dentro das malas que do guarda-roupa. Que muitas vezes se perguntaram se tudo aquilo valia a pena… Que mudaram de cidade repetidas vezes, pra aproveitar as oportunidades profissionais que apareciam. E que, nessas mudanças, deixaram amigos em lugares distantes, mas fizeram novos.
Quero falar daquelas mulheres que, mesmo sendo doutoras, encararam o desemprego e, meio desesperadas, ficaram sem saber o que fazer. Pois não tinham famílias ricas que pudessem bancá-las quando necessário, nem moravam mais com suas famílias… E aí uma pequena janela se abria, mesmo que minúscula, e elas passavam, pra ter pelo menos uma graninha pra se virar. Que engoliram muitos sapos, a ponto do estômago virar um brejo. Mas que não desistiram. Que persistiram. Sozinhas.

Então eu parei hoje uns minutos só pra escrever esse post em homenagem a uma grande amiga, da turma desse último grupo de mulheres que mencionei, e que hoje conseguiu alcançar seu sonho. Onde queria. Como queria. Do jeito que queria.

Leila, minha amiga querida, nega véia, japa do meu coração, que tive a felicidade de reencontrar em Floripa depois de tantos anos separadas:

VAI QUE É TUA, LEILOCA!
Embora essa seja uma homenagem a uma amiga querida que acabou de realizar um grande sonho, quero dedicá-la a todas as mulheres que eu conheço que fizeram de suas vidas o caminho para a realização de seus sonhos, pessoais e profissionais. Não desistiram ao menor sinal de problema. Foram corajosas e abriram mão de muitas coisas pra seguir em frente. Encararam novas cidades e novos planos sozinhas. Enfrentaram seus medos e desafiaram a si próprias.
Não são mulheres que correm COM os lobos.
Elas são as próprias lobas…

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