Ando com muita saudade de escrever aqui no blog, e cheia de ideias…
Mas a gente tem que entender as mensagens da vida, né?
Meu computador agora não quer mais saber de se conectar à vida cibernética, e ninguém descobre qual o problema. De forma que não consigo me conectar tanto quanto gostaria. Estou atrasada com muita coisa, inclusive. Com os artigos, os estudos, os editais, o que pode me prejudicar um pouco mais pra frente, mas… o que não tem solução, solucionado está, não é assim?
Esse lance da minha conexão com o mundo parece estar mesmo passando por um momento de crise. Tanto o computador não quer conectar quanto o celular. De uma hora pra outra, sumiu o sinal do celular aqui em casa, e só aparece quando quer. Ou seja, talvez seja pra eu ficar meio incomunicável mesmo, com o mundo externo. Talvez a prioridade agora seja, mesmo, estabelecer uma comunicação melhor comigo mesma, pra poder me comunicar cada vez melhor com a minha filha.
Por outro lado, Clara tem me exigido quase todo o tempo. Então tem sido uma boa troca.
A mamãe aqui bem acostumou a filhotinha no colinho. Então poucos são os momentos – pouquíssimos – em que tenho braços e tempo pra fazer outras coisas que não cuidar dela. De qualquer forma, prefiro que seja assim. Não faço parte da turma das mães que “deixa chorar no berço quié pra não ficar mimada…” ou que “deixa chorar pra ver quem é que manda”. Sou da turma das mães que pensam que, se não fosse pra ficar no colinho da mamãe, o filhote de humano já nascia andando… Não quero criar uma filha carente de colo e afeto humano, quero criar uma filha com amor transbordante e certa e segura de que o colo da mamãe tá ali pertinho.
Claro que ela não terá meu colo pra sempre. Mas, inclusive pra aprender a se virar bem quando eu não estiver, quero que ela saiba que estou sempre por perto. Seja lá de que forma for. Quando fico cansada, procuro pensar em como é bom um colo de mãe e como seria maravilhoso se todos nós tivéssemos os das nossas mães sempre ali ao lado, fisicamente falando mesmo.
Dia sim, dia não, ela tem as coliquinhas da madrugada. E, nessas horas, penso que vou ficar louca. Aí no dia seguinte eu acordo e vejo que tudo bem, já sou louca mesmo, não tem problema ficar mais um pouquinho. Se dói em mim vê-la chorar, imagina nela mesma. Mas aí vem mais um pensamentozinho biológico: alguma finalidade deve ter essa dor que ela sente. Então, que seja assim. E é bom que tenha mesmo uma função biológica e que não seja apenas um erro de projeto do Chefão…
Bem, a vida continua uma loucura. Tem dia que não consigo nem arrumar a cama – o que me deixa em estado caótico, porque não sei como, mas criei o simbolismo de que, se a cama está desarrumada, a vida também está… E está realmente. Mas sei que uma hora ela se arrumará. A vida, não a cama. Essa vai me esperar mesmo…
No mais, vida seguindo. Confusa. Mas seguindo. Estranha. Mas seguindo. Imprevisível. Às vezes, um pouco mais difícil, mas seguindo. Mais difícil ainda porque minha alimentação está cada dia mais restrita, tanto em função da dieta do pós-parto quanto em função dos experimentos de tentativa-e-erro que tenho feito pra ver o que pode estar aumentando as cólicas dela. Qualquer hora, serei notícia no Fantástico, junto com aquele povo bizarro que, vez ou outra, aparece dizendo que vive de ar.
Tenho lido, também, nos poucos momentos em que posso me conectar, uns textos muito bons que as grandes mulheres da lista de discussão sobre parto e maternidade consciente postam de vez em quando. Tem um, inclusive, sobre o nascimento do nosso ser mãe, que me tocou profundamente e sobre o qual quero falar, quem sabe, em um próximo post. Ou quando São Mega Báite assim quiser…
Pra atualizar o fabuloso mundo de Clara: as risadinhas estão cada vez mais explícitas, ela já fixa o olhar, parece que o mundo das cores surgiu pra ela – conclusão que tirei das encaradas que ela dá no Patolino aqui da parede -, ela parece adorar o som do xilofone, e agora ela já encara os bichinhos pendurados em cima do trocador. Já percebo seu crescimento, tanto em peso quanto em comprimento, e os cabelos estão cada vez mais arrepiados (um possível sinal de cachinhos futuros, será?). Já sei que ela terá covinhas, que foram denunciadas em uma das risadinhas e quase me matou de amor. Cortei suas unhinhas pela primeira vez, com um cagaço danado, mas cortei. E o tempo esquentou um pouquinho, a ponto de conseguir curtir a filha – porque naquele frio, não dava nem pra curtir a barriguinha, os pezinhos e as perninhas direito, que era um tal de descobre-troca-cobre-correndo.
No domingo passado, ela foi na sua primeira festinha de aniversário. A Bruna da cumadi Bebé fez 5 anos e nós fomos lá dar umas beijocas nela. Clara saiu de casa dormindo dentro do sling e voltou dormindo dentro do sling, nem se deu conta da saída. Mas que ela estava liiiinda de doer, ah tava.
Pros amigos, aí embaixo vão umas fotinhos novas do “fabuloso mundo de Clara” – que tem sido concomitante ao “ainda estranho novo mundo da mamãe, mas em processo de adaptação”.

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