Clara é uma bebê felizarda, que tem uma mamãe que tem leite pra dar e… doar. Estou em alta produção de leitinho pra minha filha, felizmente.
Acho que toda gestante tem aquela apreensão, mesmo que de leve, sobre se vai ter ou não leite suficiente pro seu filhote. Minha apreensão se foi no mesmo dia em que ela nasceu: ela grudou no meu peito e é pra lá que vai a cada curto intervalo de tempo. E eu fico babando na minha filhotinha grudada em mim, mamando um monte, que chega a dormir… Ela pegou o hábito de segurar o meu polegar enquanto mama, o que me deixa mais apaixonada ainda.
Mas nos intervalos das mamadas, a produção não para, a ponto de me deixar com os seios doloridos.
Sou doadora de órgãos convicta e declarada e, portanto, por que não seria doadora em vida? Então resolvi essa parada de uma maneira solidária: doando leite pro Banco de Leite do Hospital Infantil aqui de Floripa.
Esse post é, então, pra animar as mamães que lêem esse blog a fazer o mesmo, caso possam. Ou simplesmente pra reforçar a questão do aleitamento materno e da doação. Doem seu leite pros pequenos que precisam. É fácil, faz bem pros bebezinhos e faz bem pra você. Aqui em Floripa existem dois bancos de leite, um no Hospital Infantil e um na Maternidade Carmela Dutra. Eu liguei no Hospital Infantil (48-3251.9000) e pedi as orientações. Elas me explicaram como fazer e disseram que toda sexta-feira passam em casa recolhendo. Mais fácil, impossível. Informações mais precisas podem ser encontradas no site Aleitamento.com, ou clicando aqui.
A única dificuldade parece ser encontrar recipientes adequados (que sejam de vidro com tampa de plástico). Liguei lá e elas também não tinham. Então comprei dois vidrinhos de café solúvel descafeinado (pra não dar uma ligadeira na Clara).
Amamentar é tudo de bom. Aumenta o vínculo da mãe com o filhote, ajuda a construir o sistema imunológico dele, diminui o risco cardíaco nas mães, diminui a chance do bebê desenvolver asma, diabetes, alergias, obesidade e mais uma longa lista de doenças, melhora o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, diminui a ansiedade da mamãe (ói que maravilha…), aumenta a velocidade de retração do útero no pós-parto, ajuda a perder peso e voltar à antiga forma, uma lista imensa de coisas boas.
Um viva a esse mundo mamífero!

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