Sábado passado, ou melhor, a noite de sábado para domingo, de 02 para 03 de abril – que fique registrado para a prosperidade (como diz o filho de uma amiga) – foi uma noite memorável entre todas as 245 últimas noites anteriores.
Foi a primeira noite em 245 – repito: 245 – em que Clara dormiu a noite inteeeeeeeeeira.
Se eu dormi um sono profundo e restaurador?
Claro que não.
Porque acordei inúmeras vezes pra ver se ela estava respirando, se a barriguinha subia e descia ou, simplesmente, para vê-la dormindo bem fundo, bem relaxada, ela que tem um soninho tão leve. Além das vezes em que precisei levantar pra tirar um pouco do leite que não estava sendo consumido, eu, a Parmalat.
No dia seguinte, domingo, pensei que ela fosse acordar às 6 da manhã, me deixando com saudade das noites em que acordava a cada hora. Que nada! Acordou às 10:30 da manhã toda dorminhoca, preguiçosa e sorridente. Aí eu me acabei nesse sono da manhã, ô!
Foi uma noite memorável…
E demorou apenas (!) 8 meses.
Eu ia contar isso toda feliz no próprio domingo, mas decidi esperar pela noite entre domingo e segunda, pra me gabar que minha filha estava realmente estreando o mundo das noites inteiramente dormidas.
Então estou aqui agora, queridos amigos, para dizer que…… foi tudo um alarme falso, tudo continua como antes, as noites continuam picadas e tudo mais.
Não, também não é exatamente assim. No domingo, Clara embarcou às 19:30, super facinho (como normalmente tem sido, são difíceis os episódios em que ela luta muito contra o sono). E só se manifestou pra valer quase à 1 da manhã, quando eu ainda estava acordada. Mas veja que avanço: 5 horas e meia de sono, cara! Beleza. Aí eu amamentei e aproveitei pra embarcar no sono também, pra aproveitar que provavelmente ela só acordaria – se acordasse – dali a umas 2 ou 3 horas. Aí deu uns 20 minutos e ela acordou pra vida, pro mundo, pro universo, querendo rolar na cama, discutir o salário mínimo e o futuro da educação no Brasil, enquanto eu babava de sono e preocupação porque tinha que estar bem para uma palestrinha hoje. E de-mo-rou pra voltar domir, a bicha. Ficou ali do meu lado bem maluquinha, falando AA… UU… OO… EE… EE… EE. Parecia que estava ensaiando a pronúncia das vogais. Falando aos soquinhos, tipoi ensaiando mesmo.
Conclusão: se eu dormi umas 4 horas foi muito.
E hoje o dia será pesado.
Então o bom humor, hoje, foi pra gaveta junto com o pijama.
Hoje, só amanhã.

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