“Tão forte e tão perto” – taí uma dica ótima de filme sobre a ligação entre pais e filhos.
Fui à locadora com a Clara e ela, como sempre, pegou alguns filmes das prateleiras e foi juntando embaixo do braço. Não sei bem qual o critério de escolha cinéfila dela, talvez seja a presença de crianças ou cachorros na capa… Mas antes de devolver esse à prateleira, li a sinopse, gostei e trouxe pra casa.

É a história de um menino chamado Oskar Schell, extremamente inteligente, culto e com atração especial por números. No filme há a menção, bem de leve, de que ele teria síndrome de Asperger (sou uma apaixonada por pessoas com essa característica incrível do desenvolvimento cerebral). O que ele é mesmo é inteligentíssimo e perspicaz. Mas Oskar está passando por um momento terrível, a perda do pai, que morreu nos atentados às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. E então, sem querer, ele encontra uma chave entre os guardados do pai e passa a buscar incessantemente a fechadura que pode ser aberta por ela. Procura por toda a cidade, conhece inúmeras pessoas e conta com a companhia de um senhor que não fala (o ator, sem emitir uma só palavra, foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante). O pai de Oskar é interpretado por Tom Hanks e a mãe – que está muito deprimida pela perda do marido – por Sandra Bullock. 
Um filme inteligente, interessante e com final lindo e surpreendente, dirigido pelo mesmo diretor de As Horas (que conta a história da escritora Virginia Woolf) e de Billy Elliot (sobre o menino dançarino no subúrbio operário da Inglaterra).
Eu não esperava por aquele fim e chorei um bocado com o desfecho da história…
Um filme sobre como o amor por um filho nos faz melhorar e levantar de crises. Sobre como nunca perdemos os filhos de vista ainda que pareça que sim. Sobre como formas de maternar/paternar mudam as formas de maternar/paternar da próxima geração. Sobre o amor de um filho por um pai e de uma mãe por um filho. Sobre como muitas buscas dão novo sentido às nossas vidas. E, também, sobre como muitas crianças possuem uma inteligência singular.
Vale muito a pena assistir.

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