Estou muito feliz e emocionada. De verdade.

Dia 27 deste mês faço 35 anos. Dia 30, Clara faz 3 anos. 
Por causa dela e de tudo de bom que sua chegada fez em minha vida, tanta coisa mudou. Inclusive um blog que eu tinha, que passou a se chamar “Cientista Que Virou Mãe“. 
Nele eu comecei retratando todas aquelas coisas que nos chocam, surpreendem, entorpecem quando chega um filho na vida da gente. Aquelas mínimas coisas que todo mundo diz “ai, que besta“, enquanto a gente acha maravilhoso e vive com deslumbramento. Porque, afinal, é maravilhoso e deslumbrante mesmo, oras. 
Aí comecei a fuçar em outras coisas, a me incomodar com minha vida de antes, a ver um monte de incongruências e passei momentos difíceis em crise de identidade. Com uma criança no colo e sem saber o que fazer da vida… O caminho antigo não tinha mais a ver comigo. E ainda não havia um novo. 
Então, como epifania, eu consegui enxergar o novo caminho e fui atrás dele. 
E eis que surgiu um novo blog, ativista, militante, investigativo dos caminhos da maternagem, que retratava (e retrata) exatamente como é minha vida: um pouco vivendo o deslumbramento da maternidade, um pouco investigando sobre ela, um pouco estudando, um pouco trabalhando, um pouco empreendendo, um pouco me descobrindo nova de novo. 
Enquanto isso, as pessoas se identificavam, me estimulavam, trocavam ideias e impressões comigo, e o blog ia sendo regado com a mais pura dedicação. 
Resultado de tudo isso? Um novo doutorado. Novos caminhos profissionais. Muitos, muitos novos amigos e amigas. Convites para encontros que estão transformando, mais um bocadinho, minha vida. Uma filha feliz, linda e saudável que estou vendo crescer bem de pertinho, cuidando, acarinhando, sentindo o cheirinho. 
E um blog que vai completar um milhão de visualizações. Um milhão!
Eu nem sei o que é isso, pra ser muito sincera. Nunca tive um milhão de nada. De dias vividos tenho só pouco mais de 12.700… E então criei e mantenho um blog que de repente tem um milhão de visitas… Visitas que acabaram em amizades (e confrontos), em risos (e choros), em uniões (e rompimentos), em elogios (e xingamentos – sim, tem gente phynna nesse mundo que faz isso…) e, sem dúvida, em muito crescimento pessoal. 
Estou tão feliz, tão grata, me sentindo tão satisfeita… Que só tenho a agradecer. A todos. 
Mas agora, especialmente à Anne Pires?. Que acaba de pegar o meu bloguinho-bebê e transformar em uma criança crescida, com carinha de menin@ grande. 
A Anne é uma das melhores designers que conheço. É uma unanimidade entre o pessoal da

humanização. Além de talentosa, ainda é doce, simpática, divertida e super mãe.

Cientista Que Virou Mãe: de cara nova graças à Anne Pires.
Porque trabalhar com gente que a gente admira é tudo de bom.
Conheça melhor o (lindo) trabalho dela:
https://www.facebook.com/annepires.design
Por conhecer os trabalhos que ela tem feito nesse meio da humanização, eu admirava seu trabalho de longe, achando lindo tudo o que ela fazia (e faz). Então, quando surgiu minha vontade de transformar esse blog, de dar a ele uma cara nova, mais moderna, mais confortável, mais atual – tanto como presente ao blog por essa importante marca quanto por desejo pessoal mesmo – entrei em contato com ela para sondar a possibilidade. Na mesma hora ela me acolheu, incentivou, discutiu ideias e – tenho quase certeza disso – praticamente leu minha mente e captou o que eu buscava. De repente me mandou um link com um esboço do novo layout, eu abri e quase tive um treco: era exatamente o que eu queria! Repaginou a logomarca, deu dicas, sugeriu mudanças, me chamou de Madonna, deu uma zoadinha com o layout antigo e me arrancou gargalhadas no meio da madrugada. Como não amar alguém assim? E eis o resultado, esse que você vê agora, que espero que tenha gostado e que esteja se sentindo à vontade para explorá-lo. Eu, particularmente, amei e estou amando. 
Novo layout: um milhão de motivos para mudar!
Sinceramente, não tenho como estar mais feliz…
Então fica aqui meu agradecimento muito emocionado à Anne e a todo mundo que me ajudou a tornar esse blog uma ferramenta de empoderamento alheio – e, obviamente, também pessoal. Um agradecimento especial a todas as leitoras e leitores que andam por aqui, rotineira ou esporadicamente. Obrigada a todos e todas pela parceria, pelo companheirismo, pela troca, pela convivência, pela confiança, pelo andar acompanhado nesses caminhos bonitos e muito loucos da vida. 
Esse mês de julho tem sido de muita emoção e concretização de planos. Voltei há alguns dias do Seminário Internacional A Educação Medicalizada, em São Paulo, onde estive em companhia de pessoas absolutamente fundamentais na luta contra a medicalização da vida. E onde tive a oportunidade de contar um pouco da minha história como ativista, militante, blogueira, mãe e pesquisadora. Uma fala muito sincera, que precisei interromper algumas vezes para conter a emoção. Agora, estou às voltas com os preparativos da comemoração de nossos aniversários. Revendo, mais uma vez, meu percurso até aqui. Posso dizer: estou contente mesmo, não vejo nem sinal de inferno astral. Rá!
Então fica aqui o meu agradecimento a todos por essa rede virtual/presencial. Foi somente por ela que decidi melhorar o blog. Tudo isso representa muito pra mim. 
Essa semana falamos sobre o tal do exame de espessura da cicatriz da cesárea e de como ele não é fundamentado em evidências seguras e mais atrapalha que ajuda na busca por um VBAC. Falamos também sobre as mães que recebem seus filhos antes do tempo esperado e cujos bebês acabam indo para a U.T.I, em um depoimento maravilhoso da Paula, mãe do Caio. 
Na próxima postagem, contarei como foi participar do Seminário Internacional A Educação Medicalizada e compartilharei aqui tanto o texto que apresentei – intitulado “Mulheres em luta contra a medicalização da infância e do corpo feminino” – quanto o vídeo que fiz em homenagem a tantas mulheres. E depois, vou falar sobre algo que estamos vivendo por aqui: desfralde. Xixis. Cocôs. Fraldas. Não fraldas. 
Porque, a
final, a gente mostra evidências científicas, junta pesquisadores, discute aspectos fundamentais da vida, se emociona, filosofa e coisa e tal. E tudo isso entre… xixis e cocôs. 
Agora diz: é ou não é uma vida maravilhosamente rica essa?!
Ah, eu acho!

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