Está fazendo 1 semana que minha filhinha completou seu primeiro aninho. Foi um processo tão emocionante, tanto o próprio dia 30 de julho quanto os dias que o antecederam e sucederam, que só estou conseguindo falar do assunto agora. Eu passei todos esses dias olhando pra ela e sentindo uma admiração incrível por quem ela é. Essa menina linda e feliz, puramente descrita pela palavra “simpática”, que sorri para todos com seus olhos puxados e seu sorriso sempre largo. E que essa semana aprendeu a abraçar… Eu digo “me dá um abraço?” e ela se joga no meu peito… Morro.
Foi um ano indescritível nessa minha vida, de completa e irrestrita revolução pessoal. Eu comecei um processo psíquico a partir do final da gestação dela que me modificou tão profundamente que sinto que dura muito mais de 1 ano. Eu ainda me sinto alterada pelos processos da gestação e parto e, sinceramente, ainda não estabilizei. Minha emocionalidade ainda está muito mexida por tanta mudança e acredito que seja bem normal isso mesmo, pra quem decidiu mergulhar na experiência de corpo e alma como eu mergulhei. E todo dia, quando olho pra minha filha, sinto que fiz coisas certas, tomei decisões acertadas. Ela tem uma vida feliz. E isso me comove muito. Existem ainda arestas importantes que eu preciso aparar no cotidiano da vida, mas todas dizem respeito ao meu comportamento, não ao dela. Ela é demais. Mais do que eu sempre pensei que fosse receber na vida. Foi por isso que eu decidi mudar tão completamente minha vida, porque ela é incrível, ela merece que eu esteja disponível, entregue, solícita. Não havia, para mim, com a filha que eu tenho, outra opção além da “criação com apego”, tradução simplista demais para a expressão “attachment parenting“, cujos preceitos eu procuro seguir e sobre a qual sigo estudando sempre.
Há 1 ano, ela é amamentada. Há 1 ano, ela dorme com a gente. Há 1 ano, o tempo dela é absolutamente respeitado: ela mamou exclusivamente até os 6 meses e só começou a se alimentar de outras coisas quando quis, com 9 meses. Há 1 ano, ela anda pra cima e pra baixo bem junta a mim, em sling. Há 1 ano, ela me sabe totalmente disponível pra ela. Está sempre sorrindo, recebe bem as pessoas, é muito tranquila e curiosa. Isso tudo não foi obra do acaso. Foi fruto do temperamento próprio dela, associado a uma forma de criar muito atenta, entregue e apegada. Sempre junta a nós.
Então, eu passei noites e noites e noites, madrugadas inteiras, preparando uma comemoração que transparecesse todo o desvelo que temos por ela. Todo o amor, atenção, carinho e dedicação. Eu não precisava ter feito festa alguma, mas fiz questão, porque quis compartilhar com pessoas importantes durante esse 1 ano de vidas novas toda a alegria que sinto por ser mãe dela. Pensei nos muitos detalhes e planejei com antecipação. Decorei mais de 100 fotos. Pensei no enfeite de mesa. Imaginei as toalhas. Idealizei as lembrancinhas dos adultos (fotos em estilo scrap) e das crianças (dedoches da Clarinha). Pensei nas comidinhas que eu gostaria de ter na festa e em como eu gostaria que fosse o bolo. E toda a alimentação (do começo ao fim) foi feito por uma querida amiga. Então é para mim, agora, uma imensa alegria compartilhar aqui os detalhes dessa festa, sobre a qual tanto falei.
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