Julho é um mês muito especial para mim – e também para o blog Cientista Que Virou Mãe.
Nasci dia 27 de julho. Minha filha nasceu dia 30. E isso já nos daria motivo para passar o mês inteiro comemorando… Ainda mais a gente, que adora organizar festa, prepará-la com muito carinho, celebrar junto aos amigos que nos querem bem e que estão sempre ao nosso lado.
E eu já estava em clima de comemoração quando me toquei que esse blog aqui – que começou do nada, com outro nome e que me acompanhou no susto da descoberta da maternidade – está chegando a um marco que eu nunca imaginei que chegaria: 1 milhão de visitas!
Um números é apenas um número. Pode não dizer nada de muito relevante. Mas nesse caso, diz muito. Muito mesmo. Diz que existem centenas de pessoas buscando informação sobre maternidade ativa. Diz que tem muita gente se preparando para a chegada de um filho ou uma filha. Diz que tem gente querendo saber mais sobre medicalização da vida e da infância. Diz que tem gente querendo saber mais sobre violência no parto, tanto para também lutar contra essa triste realidade quanto para evitar passar por isso. Esse 1 milhão de visitas simboliza as dezenas de mensagens que recebo diariamente de mães e pais que estão buscando novas formas de cuidar dos filhos. Que estão na mesma busca que eu: tornar-se mãe e pai enquanto se é mãe e pai, como processo contínuo e inacabado. E, mais importante para mim: simboliza o meu próprio aprendizado junto a todo mundo que vem até aqui. A mudança que eu venho vivendo desde que me descobri mãe é indissociável deste blog. Quando a gente fala ou escreve sobre algo, a gente muda, primeiro, a nós mesmos e a nossa própria vida. Ao organizar ideias e buscar informações para escrever sobre diferentes temas, aprendo junto, cresço, reflito, me questiono, entro em crise, me construo. Todos os textos que aqui estão foram feitos à base de muita reflexão, muitas vezes com quebras importantes dos meus próprios conceitos, com reformulação de práticas, com muitas horas de angústia sobre determinados assuntos, com muita alegria pela descoberta. É compartilhamento, é terapia, é aprendizagem, é solidariedade, é crescer cooperativamente, é crescer junto à aldeia materna e paterna, aquela que o ditado diz que é necessária para bem criar uma criança.
As coisas boas que nos acontecem precisam ser celebradas. É por isso, então, que eu programei uma série de novidades para esse mês.
A primeira delas já aconteceu.
A fan page do blog Cientista Que Virou Mãe no Facebook foi totalmente reformulada. Agora, os textos disponíveis aqui podem ser localizados facilmente por lá também, em álbuns temáticos, e podem ser identificados por fotos que remetem ao conteúdo dos textos.
São ao todo seis álbuns temáticos, os mesmos que constam nas subpáginas aqui do site.
- Maternidade Ativa e Criação com Apego
- Gravidez, Parto e Pós-Parto
- Amamentação
- Medicalização da Vida
- Violência no Parto
- Outros temas
istinha dos medos que vê neles e vai jogando fora cada um, contando como reagem sua mãe, dinda, avó e bisavó às diversas circunstâncias. Se esses medos estão fora, localizados nas “meninas adultas da família”, então não estão mais nela. Um livro que trabalha a questão dos medos que os adultos, sem perceberem, passam às crianças e que pode ser um grande aliado no trabalho de desmistificação dos tantos medos que sentimos. Você pode conhecer mais sobre o livro, seu autor e sua ilustradora aqui.
O outro título é o “A História de Cada Um”, que tem as crianças maiores e os adolescentes como público alvo. O livro fala sobre uma questão muito importante e pouco explorada: toda história tem múltiplos lados. A história contada por uma pessoa será sempre a versão dela, mas nunca a única. O livro conta uma mesma história de quatro pontos de vista diferentes, dos quatro personagens que fazem parte dela: uma idosa, um menino, um cachorro e uma… salsicha – quer dizer, um pobre porco que deu origem a ela. Cinco autores e cinco ilustradores diferentes dão vida a cada ponto de vista, marcando as diferenças entre os envolvidos, tanto pelo estilo do traço quanto pela redação. E, embora diferentes, são todas versões de uma mesma história.