A você, que costuma acompanhar o blog Cientista Que Virou Mãe, tenho um rápido recadinho.
Estou doida para voltar a escrever aqui. Para fazer uma retrospectiva do ano que passou, para compartilhar o que tenho lido, assistido e vivido, para trazer vozes e ideias de outras companheiras de jornada. Estou cheia de ideias! Tenho (temos, porque alguns são coletivos), inclusive, alguns textos aguardando publicação.
Mas acontece que estou de férias. E costumo ser fiel a elas.
Trabalho em quase todos os dias – e madrugadas – do ano. Muitas vezes também em sábados, domingos e feriados. E assim é apenas porque sou completamente apaixonada pelo que faço, coisas que não representam obrigação, mas prazer e completude. E escrever aqui é uma delas. Por isso, é justo que eu tire alguns dias apenas para descansar com a família, fazer coisas diferentes, ler livros fora da pauta acadêmica, colocar filmes e amigos em dia, conhecer outros lugares.
Postar um texto em um blog não pode ser encarado como “ah, vai lá, escreve qualquer coisa e aperta ‘publicar’“, só para não perder a oportunidade – e o número de pageviews. Não. É preciso carinho, dedicação, busca de informações, tempo disponível, cuidado e atenção. É preciso doar-se, colocar um pouco de si ali. É preciso materializar o interlocutor à nossa frente, contar a ele uma história, ou apresentar uma ideia, e vislumbrar sua emoção, seu sentimento, sua angústia.
E tudo isso a gente não faz em dez ou quinze minutos.
Assim, preferi fazer uma pequena pausa (pequena mesmo, confie…) e voltar com tudo quando as férias acabarem.
Tenho muita coisa a compartilhar com os leitores e as leitoras deste blog.

A Lucyenne Machado vai nos contar como sua história de vida, sendo filha de pais surdos, a inspirou a se transformar em uma professora de universidade federal especializada em língua de sinais.
Uma querida amiga vai falar sobre sua luta para vencer a situação de violência doméstica e transformá-la em bandeira de luta e em dedicação profissional.
Vamos conversar sobre como muitas mulheres (e suas famílias) não conseguem assistir ao documentário sobre violência obstétrica que produzimos, o “Violência Obstétrica – A Voz das Brasileiras” e o que isso representa.
E tem até um relato de parto que é muito mais que um relato de parto, é verdadeiramente um renascimento.
E – sim – haverá também uma retrospectiva de 2013. Não muito convencional, mas uma retrospectiva.
Então, enquanto descanso, curto a família e os amigos, preparo minha pequena para nossa primeira aventura de acampamento e reúno novas energias para esse ano tão esperado, tão importante, tão cheio de bom solo e boas sementes germinando, espero que você também possa ter tido um tempo exclusivamente para si e para os que ama. Principalmente para si. Porque todos precisamos de um tempo para nós. Isso é combustível para a vida.
Logo estaremos juntos novamente.
A todos nós, um 2014 fenomenal! Cheio de boas novas e crescimento coletivo!

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