No dia 23 de maio, diferentes mulheres participaram de uma postagem coletiva, contando suas histórias particulares de criação de filhos de maneira conectada, vinculada, empática e próxima. 

Se são histórias particulares, o que têm em comum?
Todas são permeadas pelo respeito à condição da criança como ser que compreende, que sente, que vive, que ama, que está se desenvolvendo e precisa de apoio, respeito, amparo, ninho, calor e colo.
Foi a postagem coletiva Criação com apego: mais amor, menos preconceito.
Criação com apego? Criação com afeto? Criação com vínculo? Não importa o nome, sequer precisa haver um. A base é a mesma: ouvir o coração e deixar o amor – não as convenções socialmente impostas – delinear as escolhas.
Não sabemos exatamente quantas mulheres participaram. Mas foram diferentes pontos de vista, diferentes histórias de amor.
Visitei os depoimentos que encontrei e foi como se estivesse abraçando cada uma dessas mulheres, que não conheço pessoalmente (apenas algumas) mas que sinto como se conhecesse, em um abraço solidário, fraterno e de identificação. Foi como se eu pudesse encontrá-las e dizer: “Eu sei um pouco sobre você. Eu entendo um pouco de você. Porque a mãe que mora em mim também mora em você“. Um “Namastê” coletivo.
Então, a partir de cada um desses textos, fiz o meu recorte. Cada recorte, de cada depoimento singular, representa um pedacinho, um retalho de vida. Unidos, produzimos uma bela colcha, em um patchwork humano recheado de afeto, por trás das telas nada frias dos computadores. A linha que alinhava todos esses pedacinhos de história é a mesma: crianças sendo respeitadas incondicionalmente e mulheres seguindo seus instintos.
Se você também postou mas seu retalho não está aqui, está convidada a enviar seu depoimento e fazer parte dessa colcha de mulheres.
É daquelas coisas para se ler aos poucos… Um Livro da Sabedoria para se ler nos momentos de cansaço, dúvidas, insegurança e sentimento de que estamos desconectadas.
Não, não estamos. Estamos todas juntas.

Deborah Delage
Ela agora tem quase nove anos. Sabe muitas coisas, me ensina várias. Outro dia me ensinou a jogar xadrez. Fala tudo que pensa e sente, às vezes com muita força. Está crescendo depressa, me surpreende com seus comentários sobre a vida e as coisas. Ah, foi lindo vê-la com o megafone na mão na Paulista, outro dia: ” a mulherada desse país merece ter obstetriz!” . De vez em quando me pede pra mamar, rssss.
Simone de Carvalho
Depois de 12 anos após a minha primeira experiência com a maternidade, olho para trás e vejo história de três filhos gerados, um levado por Deus e dois amamentados por três anos. Avalio que passei 6 anos da minha vida amamentando. Para muitas pessoas que me conhecem, isso soa como um absurdo, um exagero e até como uma maternidade doentia. Ouvi de tudo o que podem imaginar… (…)
O tempo foi passando: um ano, dois anos, dois anos, três… Os sinais de independência já despontavam. E eu crescia junto com eles. Até que, o esperado finalmente aconteceu! Ambos em seus momentos distintos, se despediram do seio. Sem choro. Apenas se despediram e estão seguindo as suas vidinhas, felizes, seguros e confiantes.
Frann Castro
É fazer tudo aquilo que vem de coração, do nosso instinto. É ceder quando bate aquela vontade instintiva de pegar o bebê que está chorando e atender as suas necessidades. É criar vínculo. É amamentar com amor. É se dedicar para que essa criança se sinta amada e segura a todo momento. É não bater. É promover o diálogo e a educação baseada em afeto.
Marina Bagnara Fernandes
Ela nasceu e o amor se revelou intenso e caótico. Somos uma em duas agora. Achar o mundo caduco e as pessoas loucas de pedra foi fácil depois disso. Ignorar a maior parte dos conselhos e ir atrás de mudanças de paradigmas foi o segundo passo. Como uma leoa, uma gata, uma mamífera, uma mãe tive vontade de rosnar pra quem entrou no nosso meio, quem mexeu no nosso ninho. Eu era dela e ela era minha. Aos poucos fui limpando o ruído, deixando de lado a interferência, e fazendo do nosso jeito. De forma natural, instintiva, com amor.
As evidências estavam a nosso favor. Quanto mais natural fluía mais harmonioso ficava. O choro diminuía, o cansaço amenizava, a vida era mais simples.
Andreia Mortensen
 Um dos fatos ressaltados nas reportagens recentes sobre AP é que seria um estilo exclusivo de mã
es que não trabalham fora. Pois estou aqui para comprovar o oposto, que não é somente possível trabalhar fora e praticar AP, como é um estilo excelente de maternagem para se reconectar com o filho após o período de separação.
Natalia Meziat Pina
De diferente dessa vez, vai ser a amamentação. Não vou fazer com que ela desmame precocemente, como aconteceu com a Lu por falta de informação minha. Até onde a gente quiser, vai rolar. Também estou usando alguns carregadores de bebê, que não tive acesso na época da Lu. Isso de slingar é um universo à parte, delicioso e viciante! Já já volto a trabalhar, e sei que nossa proximidade na criação vai ser um alento para todos, tornando a distância mais suportável.
Tatiane Rocha
Sem saber exatamente o que era o “attachment parenting”, simplesmente segui os meus instintos mais profundos. E, silenciando a voz do coletivo, fui ouvindo a minha vozinha interna. Algumas unanimidades de “como criar seu filho” simplesmente não me satisfaziam. Então, o ponto crucial foi reconhecer minha filha como pessoa, com sentimentos próprios, ainda que eu não tenha a capacidade de compreendê-los. Ela não era um objeto que poderia ser manipulado de qualquer forma, ou um animalzinho que preciso adestrar para ficar sozinho, sem chorar, treinar a dormir, a comer, a se comportar como mini-adulto, para satisfazer os anseios da sociedade e deixar os sentimentos dela em segundo plano, em terceiro, quarto, até que desaparecessem por completo. Reconheci-a como parceira nessa trajetória e não como uma inimiga que veio atrapalhar todos os meus projetos. Faço o exercício de me colocar na posição dela e decidir a maneira mais apropriada de fazer naquele momento. Não iria forcá-la a se adaptar ao meu mundo. Até porque o mundo em que vivemos está todo errado. Não iria pular fases e depois me lamentar que o tempo passa rápido demais, que tudo está tão precoce. Eu precisava ser coerente com o “amor incondicional” que sentia.
Kelly Gomes
Bebes aprendem com tempo e exemplo. Não precisam ser domados e adestrados. O tempo é aliado do ensinamento. Um bebe não manipula, não faz manha, não pplaneja. Ele simplesmente sente e necessita. Atende-lo é sinal de respeito, em primeiro lugar. Uma criança só é menor, mas é um individuo que merece todo nosso respeito.
Cris Valle
Manuela está sendo educada com base no respeito, no amor, na empatia. Mamou no peito e desmamou naturalmente por volta de completar 3 anos, dorme na cama da família e nunca foi deixada chorando  pra aprender a dormir sozinha, não recebe castigos físicos e não apanha. Isso é o attachment parenting que tanto se tem falado? Não importa o nome que se dê, o que importa é que já podemos observar as consequencias de nossas escolhas: uma criança segura e tranquila.
Flavia Penido
Quando minha filha dança, quando meu filho toca uma musica, quando a menor faz suas primeiras descobertas nas letras, cada conquista deles…miríades de momentos em que me sinto feliz em tê-los na minha vida. Hoje a cama amanhece quase sempre sem filhos por perto e tenho sentido falta daquelas yogas matinais com um pé na cara outro na barriga sem saber qual é de quem, eles crescem e querem seus espaços, nada mais natural e saudável eles aos poucos irem saindo do ninho, com as próprias forças e as próprias pernas fica mais suave os primeiros voos. Não tem mais ninguém mamando, ou sendo carregado no sling também não, todos tem sua hora de voar.
Mariana Elis
Enquanto pais, especialmente mães, somos ensinados a menosprezar seus sentimentos, a mandar e esperar obediência em retorno, como se nossos filhos nos fossem objetos de pertencimento e não seres humanos livres!
Ana Paula Mirapalheta
Nesse momento eu percebi que conhecer as etapas do desenvolvimento do bebê é fundamental para melhor lidarmos com esses momentos de “crise”. Foi a partir desse momento que eu descobri que o peito não era apenas a fonte de alimentação, mas também de aproximação. Que o choro prolongado e não respondido pode gerar uma série problemas. Que o toque, contato físico e o carinho são fundamentais para o desenvolvimento dos bebês… Não mais a opinião alheia ou os livros e métodos me “ensinavam” a cuidar dela, a partir dalí, seguia minha intuição me baseando no desenvolvimento esperado para cada etapa de sua vida. Simples assim!!!  
Mariana Machado de Sá
Fui muito criticada e dava de ombrinhos i dont’t carry para familiares e amigos que insistiam que era necessário acostumar a menina às adversidades. A tese é que muito mimo forma delinquentes. Mas a minha hipótese é que amor, carinho, cuidado não podem ser ingredientes para a delinquência e me mantive na ideia fixa de atender às necessidades de afeto e calor humano que meus filhos tivessem.
Fefê Alves
É uma vontade inconteste de melhorar tudo para que a cria tenha o caminho mais fácil, e de que essa cria seja o melhor que possa ser. E que seja feliz, que não pare de sorrir. Que seja plena, como o amor pode ser.
Sei que há formas e formas de se gestar, de se criar. Mas eu tenho escolhido vivenciar minha maternidade da forma mais chameguenta possível. Com muito colo, muito peito, muitas canções, muitas leituras, muito toque, carinhos, abraços, cheirinhos e carinhos sem ter fim – já disse o poeta. Tem valido a pena. Para nós duas.
Fabiola de Souto
Sei lá se criação de apego é método… eu acho que não… eu acho que é muito mais seguir o coração na crianção dos filhos, no relacionamentos familiares… é desenvolver essa coisa meio esquecida no mundo – EMPATIA!É isso que eu estou aprendendo com o Davi e tentando levar para os demais relacionamentos… No fim, filho é meio que um mestre, que vem ensinar a quem está aberto, a levar a vida com mais leveza e amorosidade.O amor é imenso, mas no geral, as pessoas vem relutando até mesmo quanto a esse amor materno, paterno… criando métodos que afastam os pais dos filhos, que ensinam as pessoas a serem frias, “controladas”, disfarçadas… Mas a criação de apego tem me ensinado o contrário: eu estou aprendendo a me reconhecer no outro e a deixar ele se reconhecer em mim (pois somos todos um não é mesmo?). Eu estou aprendendo a amar e a exercer o amor, a mostrar o que eu sinto sempre. Quando alguém me pede um conselho sobre seus bbs eu pergunto: o que vc quer lá no fundo? como se sente? libera!!! liberte-se! Ame! é uma delícia, bem doida, mas é!
Luisa Diederichs
Para a produção de leite não diminuir é muito bom amamentar a noite, produz mais prolactina. E você quer continuar amamentando, mas não quer levantar várias vezes para pegá-lo no berço. Se sente mais segura quando o bebê dorme do seu lado, pois não fica noite toda acordando com cada suspiro, então descobrimos o prazer da cama compartilhada.
Erica Alvim
Quando percebi, não era eu quem estava criando meu filho para o mundo, era o mundo que estava criando meu filho pra mim. E essa não é a melhor opção, principalmente pra quem costuma olhar pra esse tal de “mundo” e suspeitar que esteja tudo errado. Onde estavam meus valores, minhas decisões? E isso em meio ao costumeiro bombardeio de dicas de como adestrar seu bebê, para que ele seja “independente” e “disciplinado”. (Oi?) Ou seja, você treina seu fiho pra que ele ganhe estrelinhas das comadres.
Sarah Helena
E eu me lembro do meu companheiro dizer “você carregou ele por nove meses, e eu tenho a chance de carregar ele por toda a vida”. Que aventuras vivemos… e em quase todas as fotos, daquele primeiro mês até uns três anos de idade do pequeno, estão pai e filho atados um ao outro, em um abraço de segurança e apego. 
O mais engraçado é que nós seguíamos a “cart
ilha” da Criação com Apego sem nunca ter pensado no assunto. Por um motivo muito simples: nós fizemos uma escolha. Deixar que o amor desse o tom. Que nossa vida se pautasse não no que esperavam de nós, mas o que sabemos ser a coisa certa. Porque a real, mesmo, é que o Attachment Parenting, a Criação com Apego,ou como vc quiser chamar, é uma questão de Bom Senso. De se basear no que nossa natureza, mamífera, de bicho gregário e de sangue quente, nos pede. De deixar de lado o que a visão eurocêntrica, cheia de moralismos vitorianos, manda que seja a criação de um filho.
Silvia Pavesi
Eu não conhecia o termo “criação com apego” até participar do grupo Maternidade Consciente”. Depois que descobri o conceito, percebi que faço isso todos os dias, desde que soube que estava grávida. E acredito que muitas mulheres também o praticam sem saber. Alem de dar muito carinho e respeitar as vontades do pimpolho, acredito que criação com apego é também ensinar valores como solidariedade, fraternidade, compaixão, tolerância. E a melhor maneira de passar esses valores é praticando-os no dia-a-dia com a criança. É o que tentamos fazer aqui em casa todos os dias. E acho que estamos conseguindo.
Ana Luisa
Recebi varias dicas de como criar meu filho…”deixa chorar, não dá colo, dá uma mamadeira para  tu descansar, amamenta a cada 3 horas, não mima!”. Aff!! Quando ouvia este tipo de coisa ficava louca. Até tentei por 2 dias o “deixa chorar”, mas para que??? Para meu filho perceber que esta sendo ignorando pela própria mãe? NÃO! Me neguei a acreditar que isso, essa distancia entre nós, era o melhor. Sem saber do método da Cama compartilhada, comecei a pratica- la com meu filho (instintivamente). Foi maravilhoso, com noites tranquilas, de descanso  para toda família.
Sabrina Nery Luz
Nunca fiz o tipo que se prende a teorias. De forma alguma rotulo o tipo de criação que dou aos meus filhos, mas hoje, compreendo que, instintivamente, desde a gravidez e toda a preparação para o parto, natural humanizado, venho exercendo aqui em casa uma prática similar ao “attachment parenting” (criação com apego). Minha maior preocupação é atender as necessidades de meus filhos de maneira respeitosa, estreitando cada vez mais nossos vínculos.
Carol Mafra
A gente faz e nem sabe bem como chama, sabe que é gostoso, que faz bem pro nosso filho e mesmo que as tias, avós e amigos digam que estamos fazendo errado a gente quer fazer assim.
Janaína Tibério Gomes
A verdade é que não existe regra, não existe um manual a seguir com o certo e o errado. Seguindo nosso instinto e acima de tudo, respeitando meu filho como um indivíduo que já tem opinião, é que seguimos com a criação de Heitor. Criação com apego, criação respeitosa, criação com afeto, dê o nome que quiser, não importa. Importante é o bebê crescer sentindo e vivenciando o quanto é amado.
Mariana Martins Notari
Nossa família tem o lema de respeitar e é isso que fazemos com tudo e com todos. Se você e a sua família são diferentes, nós respeitamos. Só esperamos UMA coisa em troca: respeito mútuo. Esse é o meu depoimento de criação com apego. Porque nós recomendados! Os frutos são maravilhosamente divinos e recompensadores… Vem também!
Aline Pereira de Barros
Para nós é um grande prazer mater-partenar nosso bebê. Praticamos criação com apego não por ser uma teoria bacana ou para nosso filho se desenvolver melhor. Praticamos criação com apego porque não saberíamos fazer de outra maneira. Penso que a base da teoria engloba o que mais se aproxima do que é instintivo e intrínseco à nossa natureza mamífera. Então é fácil! (Ou pelo menos deveria ser…). Além do quê, para nós não é nenhum drama colocar as necessidades de nossos filhos em primeiro lugar, buscando sempre ter empatia por essa pequena pessoinha que veio nos colorir ainda mais a vida.
Do blog: Era uma vez… três!
Sim, eu era uma mamífera e decidi que faria aquilo que meu coração mandava. Decidi que meu filho seria aninhado e amamentado sempre que quisesse. Decidi que ele ficaria perto para sentir-se seguro. E, a partir daí, senti-me livre. Pude vivenciar plenamente a maternidade, tudo ficou tão mais fácil, tão mais claro. Com meu filho na cama pude amamentá-lo durante a noite enquanto eu descansava, ele não acordava e eu também não. Comprei um sling e estava livre para as atividades diárias e meu filho participava da minha vida. Comprei outros livros, pesquisei, pesquisei e descobri que o que eu fazia chamava “Attachment parenting” (Criação pelo apego) e que tinha muito embasamento científico.
Blog “Ninho da Corujinha”
Seja ainda bebês ou já grandinhas, sempre respeitamos seu tempo, vontade e necessidades enquanto crianças, seres humanos como nós. Treinar dormir sozinho, fazer xixi no penico ou qualquer outro comportamento que naturalmente vai amadurecendo nunca esteve no nosso cotidiano. Gostamos de observar a evolução e o amadurecimento das crianças, respeitando seu tempo, suas preferências, sua maturidade, seus gostos. É bonito ter 3 filhas e ver que todas são tão diferentes (mesmo tendo o mesmo signo) e tão seguras para ser independentes quando querem e, ao mesmo tempo, sentir em nós um porto seguro para quando precisam. Essa é a magia, a graça, o maior presente da maternidade/paternidade. 
Claudia Rodrigues
Eu abraço a causa do amor às crianças sempre, do respeito a elas como cidadãs, como seres pensantes e sentimentais que são e principalmente singulares, justamente por isso não defendo essa ou aquela teoria, nem mesmo as das minhas colegas mais próximas.
Por outro lado refuto com severidade as teorias e práticas repressivas, desrespeitosas, alienantes, alijantes, terceirizantes e comercialescas em relação às crianças. O meu NÃO é muito claro, o meu sim tem muitos senões e visão particularizada.
Dani
Quem critica a Criação com Apego defende que com ela os pais perdem a própria vida, o mundo passaria a girar em torno da falta de ritmo do bebê, e que o correto é que desde cedo os pais já mostrem quem manda no pedaço. Pela minha experiência, posso assegurar que esta tragédia não acontece
Isabela Kanupp
Eu nunca deixei minha filha chorar para dormir, eu nunca deixei minha filha dormir sozinha, a nossa rotina do sono é eu deitar ao seu lado e amamenta-la até dormir. Isso não faz eu ” não ter vida”, ou não faz da minha filha uma criança dependente.
A cama compartilhada foi nossa opção até os 2 anos e 5 meses e digo com orgulho que foi uma das melhores coisas que eu fiz. Beatriz dormia bem a noite, e eu segura por tê-la ali do lado comigo. Críticas eu recebi muito, que eu ia matar minha filha dormindo (?), que meu casamento iria acabar, que eu não teria vida sexual. E não aconteceu nenhum dos três. O principal foi a cama compartilhada ser uma decisão minha e do marido, ambos de acordo. Outra questão é que não existe só a cama para transar, e se você se prende só a cama para transar provavelmente seu casamento ta bem chato viu?
Gisele Duarte Machado Anselmo
Existem vários tipos de mães, umas que cuidam demais, outras que são autoritárias; aquelas que deixam seus filhos crescerem de uma maneira mais liberal… Poderíamos citar vários títulos diferentes, e com certeza encontraríamos também muitas mães que se encaixam em muitos destes perfis ao mesmo tempo. Ser mãe, educar, preparar aquele pequeno ser para uma vida…que tarefa séria. Muitas vezes podem surgir perguntas… Será que estou fazendo tudo certo?…Como a educação que estou dando irá interferir na vida de meu filho?…Será que eu sei ser mãe?…Nem sempre as respostas aparecem no momento que deveriam, deixando estas interrogações abertas e gerando novas dúvidas. Mas com certeza, aquele sentimento indescritível de segurar seu pequeno bebê, alimentá-lo, vê-lo crescer, enfim, estar com ele, dando de si aquilo o que puder dar…amor….qualidade, são muitas vezes um ponto final às tantas dúvidas e medos que sempre irão surgir no decorrer da vida.
Cibele Godoy
Em 2011 tive um lindo VBAC, do Lucas, e aquela mistura de amor, tranquilidade e maturidade que eu alcançava, misturada com a alegria de ter a minha família, do jeito que sempre sonhei, consolidaram a mudança e me transformaram não numa mãe perfeita e ideal, pois isso é impossível, mas na mãe que posso
ser e que posso me orgulhar em ser.
Claro que amamentando em livre demanda meu bebezão de quase 10 meses (querendo amamentar o quanto mais ele quiser) (…)
Hoje me sinto uma mãe mais preparada, e meus dois filhos ganham com isso. Não sou uma mãe “consciente” apenas” pro meu bebê, mas repensei as práticas com minha filha. Hoje os dois tem colo livre, cama dos pais com livre acesso, cafunés, histórias pra dormir, conversas e limites dados com anmor e regras da casa negociadas com a mais velha…
Juliana Sell
Adoro acordar de manhã e ver que tenho dois bafinhos ao meu lado que vieram de mansinho de madrugada. (…) Meus filhotes tem 11 e 8 anos. Hoje gostam quando ficam sozinhos em casa e “dispensam“ a atenção e presença da mãe. São responsáveis e independentes nas tarefas escolares e acho que tiveram tanto minha presença por perto que podem ficar numa boa quando estou longe. Hoje trabalho fora e em casa, adaptei meus horários e estou feliz de ter acompanhado o crescimento deles, porque passou muito rápido, mais rápido do que eu mesma pude me acostumar.
Gandharvika Romenski
Eu decidi que o Samuel iria mamar até quando ele quisesse, muitos diriam “ai, que feio é ver uma criança com mais de 2 anos mamando no peito”… bom, eu acho feias as mamadeiras e chupetas e nem por isso critico a criança que usa além dos 2 anos… Eu faço massagem no meu filho todos os dias antes do banho com óleo de amêndoas e muitos não entenderiam toda essa disposição… “mas eles nem ligam pra massagens!”… Quem não gosta de massagens?! (…) É diferente? É estranho? Eu não acho, porque ser mãe é ser instinto, ser filho é ser uma alma nova totalmente dependente desse instinto… Criação com apego é amor incondicional… É querer ver sorrisos, é querer passar segurança, é querer estar sempre por perto, é explicar o porquê das coisas com carinho, é educar, é RESPEITAR.
Deborah Gebran
Minha mãe sempre diz que o bebê quando nasce é uma caixinha vazia, e cabe a nós preenche-la com o que há de melhor, e isso se dá só com muita atenção, muito amor, contato, pele com pele…
Somos assim, e assim somos felizes!
Gabriela Silva
Poder por poucos minutos diários pegar no colo a Quinha, parecia um milagre! Tão miúda, tão guerreira, tão cheia de vontade de viver!
Lá mesmo fiz uma promessa a ela, que me pareceu o mais natural, o esperado, e nunca havia lido nada a respeito de criação de bebês: “Nunca vou te abandonar, você nunca vai ficar chorando sozinha, você pode sempre contar comigo, sempre vou tentar ajudar!”
 E daí pra começarmos nossa “criação com apego”, como resolveram chamar, foi o caminho mais natural a seguir (…). Se vai dar certo? Já está dando! Menina mais linda, amorosa, esperta… Graças a Deus nenhuma sequela por causa da prematuridade!  
Pois é, estamos fazendo o nosso “criar com apego”, e não seguindo regras, livros, seitas…
Criar com apego, pra gente, é simplesmente criar com amor, ouvindo, respeitando e atendendo as necessidades da nossa Moniquinha.
Talita Vieira
Confesso que acho engraçado o termo, pois pra mim esse é um processo natural da maternidade. Pelo menos pra mim, tudo aconteceu instintivamente, desde a amamentação em livre demanda até a cama compartilhada, passando pelo sling e a vontade de estar sempre perto, no colo, chamegando, grudadinha. O interessante é que esse não é o natural para muita gente então o que eu faço é visto como algo ruim. “Vai mimar essa criança”, “tem que ensinar a ser independente”, “ela não vai morrer se chorar”, “dá uma mamadeira pra ela dormir mais”, “tira ela desse saco quente que deixa as pernas tortas”… é parte do que ouço por seguir a maternagem que acredito ser melhor para a minha filha.
Nina Edna Araújo
E começou assim, com o parto natural, a questão de não perder um minuto sequer a partir de sua exist
ência já presumia a intenção da criação com apego afinal…

Amamentação exclusiva e em livre demanda, deixar dormir onde for melhor para seu descanso e paz: no carrinho, em nossa cama, em seu berço, tanto faz… 
Deixar chorar, nem pensar! Palmadas e castigos não existem neste lar!
Rolar na grama, nas pedrinhas, na areia, no Jobim… Alice é livre, experimenta e é feliz assim!
Pai e mãe sempre por perto, respeita as gentes, plantas e bichos isto é certo.
E assim ela está crescendo, livre, envolta em amor, respeito, aconchego… apego!

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