Em meio à correria da vida diária, amamentação, pesquisa, projeto, proficiência, sono mal dormido, ansiedades e aborrecimentos, mas também em meio a gargalhadas de bebê, palhaçada de marido pela sala, chá quentinho e meia por cima da calça, de vez em quando pinta alguma coisa que te faz parar tudo o que está fazendo e dedicar uns minutinhos. E, após isso, respirar fundo, soltar o ar e dizer – ou pensar: que bom que ainda existe gente assim!
Que não se acomoda.
Que não se conforma.
Que é corajosa.
Que sai de sua zona de conforto.
Que decide abrir caminho.
Que vai em frente a despeito de 3 ônibus precários, de um sálario de 3 algarismos, de dedicação exclusiva à profissão, com curso superior e especialização.
Que bom que existe mulher de peito nesse país – questões amamentescas à parte (uso essa palavra sempre e acho que ela não existe; mas sou apegada a ela, sabe como é pobre… pobre se apega)
Que bom que tem gente que dedica alguns minutos da sua vida a fazer a diferença.
Que bom que tem gente que sai da massa.
Que bom.
Hoje, como brasileira, como professora, como mãe de uma menina que quero que receba a melhor educação possível e que conviva com crianças com igual acesso a educação, faço uma homenagem à professora Amanda Gurgel, de quem nunca tinha ouvido falar, até ver esse vídeo, que foi compartilhado pelo também professor e meu amigo de graduação Leandro Lourenção Duarte. Eu aqui no Sul e ela lá no Nordeste do país, queria ir até lá hoje e dar um abraço nela.
Educação e respeito: duas palavras que salvam o mundo!