Um dos temas que mais discuto aqui no blog é a questão da medicalização da vida, especialmente a medicalização da infância e do corpo feminino. Se fosse um outro tipo de postagem, eu estaria, agora, explicando exatamente o que considero por medicalização, talvez discutindo conceitos, dando exemplos e tudo mais. Mas não o farei por um único motivo: eu influenciaria a sua participação.
E é ela que eu peço agora, mais uma vez.
A gente já viu, por meio de vários exemplos, que todas as ações são mais eficazes e atingem melhor as demais pessoas quando se baseiam na VOZ do outro. No que “o outro” tem a nos dizer sobre um determinado assunto, de que forma ele o vê. Foi assim com o Teste da Violência Obstétrica. Foi assim com o documentário “Violência Obstétrica – A Voz das Brasileiras“. Foi assim com a pesquisa informal sobre produtos orgânicos, que fiz no mês passado.
Levar junto com a gente a voz do outro é muito mais relevante e significativo do que dar uma opinião individualizada, pelo simples fato de que representa um coletivo específico. Ouvir o outro é amplificar vozes, é construir conhecimento, é empoderar o coletivo, é inserir diferentes pessoas nas diferentes atividades.
Assim, gostaria de ouvir a sua voz, leitor ou leitora do blog Cientista Que Virou Mãe, com relação a uma questão muito específica: A MEDICALIZAÇÃO DA INFÂNCIA E DO CORPO FEMININO.
Quero saber o que você pensa sobre isso, onde identifica seus sinais, quais prejuízos percebe, se você já se engajou em alguma ação de combate, o que tem visto nas redes sociais a respeito.
Para isso, elaborei um questionariozinho bem simples. Levará cerca de 5 minutos para preenchê-lo e ajudará muito a elencar ações de enfrentamento, a promover discussões ricas e mostrará o que anda acontecendo não só nas redes sociais a respeito deste tema, mas também no cotidiano de todos nós.
O questionário estará aberto para preenchimento de 02 a 09 de julho. Os resultados serão divulgados aqui no blog e irão comigo, na semana que vem, para o III Seminário Internacional A Educação Medicalizada: Reconhecer e Acolher as Diferenças, em São Paulo. Você pode ver mais informações sobre o seminário e o minicurso que darei por lá abaixo do formulário do questionário, nesta postagem).
Para responder, você pode clicar neste link ou responder aqui mesmo no post, abaixo:
Na próxima semana, participarei do III SEMINÁRIO INTERNACIONAL A EDUCAÇÃO MEDICALIZADA: RECONHECER E ACOLHER AS DIFERENÇAS. Organizado pelo Forum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, acontecerá em São Paulo entre os dias 10 e 13 de julho, na UNIP, Canpus Paraíso, e contará com a participação de profissionais de todo o mundo que, juntos, e com a participação dos presentes, discutirão as principais questões atuais sobre medicalização. Você pode ver toda a programação aqui.
Minha participação se dará em dois momentos.
No dia 10, das 14 às 17 horas, conduzirei o Minicurso “Mães/Pais/Cuidadores, a internet e a medicalização“, cuja ementa é a seguinte:
No dia 12, às 17:30, estarei no simpósio temático “Diversidade: ocupai as praças, as redes, a blogosfera“, juntamente com Felipe Stephan Lisbôa, do blog Psicologia dos Psicólogos e com Sergio Amadeu da Silveira, da Universidade Federal do ABC, simpósio coordenado por Rogério Giannini, do Sindicato dos Psicólogos.
Se você puder, será um prazer tê-lo conosco para os ricos debates que acontecerão por lá.
Após o período de coleta das respostas, divulgarei aqui no blog e na fan page os resultados desta enquete. Você pode ajudar a conseguir mais respostas compartilhando essa postagem – ou apenas o link do questionário (https://docs.google.com/forms/d/1tlYG8YXrMGHOF-6sFMahrjFE8vCxebmWtNTuUtViX-M/viewform) – em seu perfil pessoal, blog, site ou recomendando por e-mail a amigos.
Muito obrigada por mais essa participação. Juntos poderemos evidenciar quais são as principais práticas medicalizantes da infância e do
corpo feminino, discutir sobre elas e propor medidas de combate – principalmente ao nosso redor.