Pronto, agora posso contar!
Eu tava louca pra compartilhar aqui o que estava planejando fazer, mas aí deixaria de ser surpresa pra minha mãe e não teria sido INCRÍVEL como foi.
Vivi hoje a maior emoção da minha vida desde o nascimento da Clara.
Minha mãe estava nos esperando chegar na próxima quinta-feira para passarmos o natal todos juntos. Mas nós combinamos com minhas irmãs e resolvemos chegar hoje. DE SURPRESA. O grande detalhe é: minha mãe ainda não conhecia minha filha, que vai fazer 5 meses na próxima semana. Então imagine o que foi…
Ó, não consigo nem descrever o que foi pra mim o dia de hoje.
Saímos de Floripa ontem (20/12) próximo à meia-noite e pegamos a estrada, cheios de inseguranças com relação a como seria uma viagem de tantas horas (contávamos com uma viagem de umas 14 ou 15 horas) com um bebê pequeno. A primeira viagem da nossa filha. Primeiro, iríamos durante o dia. Depois, pensamos melhor, pedimos a opinião de algumas pessoas, e decidimos viajar a noite, tanto pra aproveitar o soninho dela, quanto pra fugir do calor e do sol forte.
E deu super certo, minha gente!
Clara dormiu super traquila durante toda a madrugada, acordando apenas 2 vezes pra dar suas mamadinhas. Foi uma viagem muito boa, apesar do cansaço e do sono dos pais… Pequenas dicas para longa viagem de carro com bebês pequenos (algumas recebi das amigas da lista de discussão, fiz e deu super certo): levei, numa malinha, um grande arsenal de brinquedinhos – que ela só usou por pouco tempo, já que estava quase sempre dormindo; musiquinhas também funcionaram horrores; mas o campeão da rodada foi, sem dúvida, o apoiozinho de pescoço, que permitiu que ela dormisse bem relaxada durante muitas horas seguidas sem ficar com a cabecinha balançando pra lá e pra cá. Esse vai pro post que vou escrever nos próximos dias e que terá como tema “CTRL+S: Coisas que salvam”. Deu tudo certo na viagem! Ponto pra nós.
Mas isso nem é relevante perto do que aconteceu depois.
Conseguimos fazer exatamente o que havíamos planejado: chegamos na cidade na hora do almoço, pra aproveitar que a vovó almoça em casa e vai depois pro trabalho. Liguei pra minha irmã e disse: “Olha, cheguei. Quando a campainha tocar, deixa a mãe ir atender”. Chegamos na rua, descemos a Clara no bebê-conforto, colocamos o chapeuzinho de papai noel nela, colocamos o bebê-conforto de frente pro portão da casa da vovó, tocamos a campainha e corremos pra nos esconder na casa vizinha.
O que aconteceu depois não dá pra narrar. E, como vai ficar pra sempre na história da Clara, e foi a coisa mais importante que aconteceu depois do nascimento dela, não tinha como não vir parar aqui, com a devida autorização da vovó. O primeiro vídeo é de apenas alguns segundos porque deu pau, mas dá pra ouvir um pouco do impacto inicial. Mas o segundo é de matar!
Depois que ela pegou a Clara e a levou pra dentro, eu abracei o namorado e acho que saiu tudo de acumulado que eu tinha em forma de choro. Foram meses querendo que minha mãe conhecesse minha filha, sem conseguir. Foram meses querendo que minha mãe estivesse perto de mim. Meses falando sobre a vovó pra Clara, mandando fotos, colocando as duas pra conversar via webcam.
E não foi importante só por isso.
Mas porque conheci – ENFIM – meu sobrinho Murilo. E, finalmente, ele e Clara se reencontraram. Ele é lindo, tem 3 meses e 22 dias e pesa – PASMEM – 8 quilos. Tem o tamanho de um bebê de 6 meses, é atento, sorridente e ficou no meu colinho feliz da vida – como eu…
Olha o reencontro.
Agora estou aqui na casa da minha mãe, com namorado e filha, irmãs e sobrinho, esperando chegar o cunhado pra turma ficar completa. Minha mãe está aqui na minha frente agora, enchendo o colchão inflável, falando que está triste por ter perdido a senha do blog dela (hahahahaha) e rezando para que, no meio da madrugada, ela não acorde com a bunda no chão porque o colchão perdeu todo o ar. Clara está dormindo no quarto numa caminha que a vovó fez (e que ficou ótima, estou louca pra ir pra lá também), namorado trabalhando, sobrinho capotado no berço, uma irmã já foi dormir, a outra está aqui fazendo a gente rir.
Hoje a tarde, pela primeira vez desde que a Clara nasceu, dormi 3 horas de um sono profundo, completamente relaxada, porque as tias estavam cuidando dela para que eu pudesse descansar da viagem. Nem sabia mais o que era dormir profundamente…
Agora vou postar isso, desligar o computador e pegar um colo de mãe.
Porque eu sou uma cientista que virou mãe, me apaixonei completamente pela maternidade e sou 100% dedicada à minha condição de mãe. Mas estou com uma saudade do cacete de ser filha… Prontofalei.
21 de dezembro de 2010 – que dia!