A última semana foi extremamente positiva, nas diferentes frentes nas quais estou envolvidas: doutorado, ação de enfrentamento da violência obstétrica e Bazar Coisas de Mãe.
As aulas do doutorado já reiniciaram. A ação de enfrentamento da violência obstétrica (o Teste da Violência Obstétrica) está se desenvolvendo de maneira muito positiva, tendo ultrapassado os 1600 preenchimentos e saindo, cada dia mais, dos limites da internet.
O Bazar Coisas de Mãe está entrando numa nova fase, de reafirmação do apoio que recebemos de grande número de mulheres – hoje, mais de 30 mães expositoras -, de crescimento e desafios, com novos parceiros importantes começando seu envolvimento, e início de uma ação que vai envolver ainda mais mulheres.
Para minha pesquisa de doutorado, esse será um semestre de fundamental importância. Começo agora a cursar disciplinas fundamentais para a boa construção e desenvolvimento da tese – Bioética, Seminários de Violência em Saúde e Metodologia de Pesquisa Qualitativa 2. Além disso, é o semestre de início das entrevistas com as centenas de mulheres que estão se inscrevendo para contar a história de desrespeito e violência que viveram em seus partos.
Junto com tudo isso, minha filha segue seu desenvolvimento saudável, física e emocionalmente, com a presença constante do pai e da mãe, nos vendo trabalhar em todas essas frentes, muitas vezes em nossos colos enquanto trabalhamos, se divertindo, começando a formar as primeiras frases, descobrindo novas palavras e trocando o choro das ocasionais despedidas momentâneas – para ir a uma aula ou reunião, por exemplo – pela despedida segura e saudável. Sem dúvida alguma, é do amor da minha filha e do apoio que recebo do meu companheiro que tiro força e segurança para seguir firme no caminho. Freud estava realmente certo quando disse “Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!“. Bingo. Exatamente isso.
Agora, parto para uma viagem de alguns dias rumo a encontros especiais, com pessoas queridas, cheias de boas energias e de amor. Gente que é importante pra mim e de onde tiro inspiração diária. Sigo pra SP, minha terra natal, para reencontros muito especiais. Uma viagem de retribuição, agradecimento, companheirismo e parceria junto com minha família. Depois, visitaremos Cananéia, especialmente para um abraço na querida companheira Bianca Lanu, co-editora da Parto no Brasil.
Não poderei atualizar diariamente os dados da ação do Teste da Violência Obstétrica, mas com certeza a Ana Carolina Franzon fará isso, seja via Parto no Brasil, seja via página Violência Obstétrica é Violência Contra a Mulher no Facebook.
Como estarei off line em grande parte do tempo, programei para o dia 21 de março, próxima quarta-feira, uma participação mais que especial. Na verdade, uma grande alegria para mim.
A Dra. Thelma de Oliveira, também conhecida por Dra. Relva, entrou em contato comigo na semana passada e me encheu de alegria. Ela é médica pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria, pediatra concursada pela rede pública do DF, e criadora da comunidade Pediatria Radical, além de autora do site e livro que levam o mesmo nome . Thelma é uma grande defensora dos direitos das crianças e uma grande divulgadora da campanha Bater em Criança é Covardia, da rede Não Bata Eduque. Juntamente com minha colega, a neurocientista Andreia Mortensen, professora de uma universidade na Filadélfia, mãe consciente e autora de excelentes textos, muitos dos quais são publicados no Guia do Bebê, e mais outras mulheres dedicadas a formas afetuosas de criação de filhos, Thelma está lançando nos próximos meses O Livro da Maternagem. O contato dela comigo foi, justamente, para me fazer o irrecusável convite de publicar um texto meu nesse livro, convite que prontamente aceitei. E é com grande alegria que ela virá para Florianópolis em maio, especialmente para lançá-lo no Bazar Coisas de Mãe.
Num gesto muito gentil, Thelma me enviou um texto daqueles fundamentais sobre mais um aspecto da medicalização da vida. Então, para a próxima quarta-feira, dia 21 de março, está programada a publicação, neste blog, do texto “Ando Meio Desligado“, da Dra. Thelma de Oliveira. Um texto primoroso sobre a epidemia de diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade nas crianças, com a consequente prescrição desenfreada de metilfenidato (Ritalina).
Agradeço, novamente, à Thelma pelo carinho, atenção e pelo envio do lindo livro de crônicas Olho do Tempo, também de sua autoria, que levarei comigo para leitura nesses dias de viagem.
Quarta-feira, 21 de março, tem guest post da Dra. Thelma de Oliveira, a Dra. Relva, aqui.