Por Marcia Casarin Strapazzon
Temos grande dificuldade em falar sobre dinheiro por diferentes motivos: privacidade, inexistência de educação financeira, desigualdade e até mesmo religião. No meu caso, pude identificar que a hipótese relativa ao peso da desigualdade brutal que o Brasil ostenta é uma das origens do meu desconforto ao falar de dinheiro com pessoas de fora do círculo familiar mais íntimo.
Segundo a Calculadora da Desigualdade, projeto criado pela ONG britânica Oxfam e pelo veículo de jornalismo digital Ojo Público, a renda da minha família se enquadra no grupo dos 10% classificados como de renda alta no Brasil. E isso retrata claramente o nível de privilégios que possuímos. Não somos milionários (muito longe disso). Mas, quando você se conscientiza de que aproximadamente 80% da população brasileira tem renda familiar per capita menor que R$ 1,7 mil por mês, o abismo gigantesco que se apresenta entristece e envergonha.
De tal forma que, ao falar de dinheiro, sinto medo de não alcançar as necessidades das pessoas que não estão na mesma situação que eu, correndo um sério risco de soar irreal, inalcançável, injusta e até arrogante.
Os números ficam ainda mais chocantes com a informação de que os multimilionários representam uma parte muito pequena da população – no Brasil, somam 4.225 pessoas, ou 0,002% da população total do país, que possuem riquezas que correspondem a 37% do nosso PIB.
Em termos mundiais, de acordo com o Credit Suisse, 1% da população tem metade de toda a riqueza global. É uma realidade profundamente dolorosa e é impossível falar de dinheiro sem refletir sobre o sistema político e econômico em que estamos inseridas.
Dito isto e devidamente expostas minhas vulnerabilidades – pois falar sobre o que nos envergonha cura, segundo Brené Brown – segue o baile para contar alguns fatos que levantei nas minhas incursões pelo mundo das finanças. Especialmente depois que me propus a criar um projeto, que ainda é um bebê, e se chama “Fazendo Contas: Finanças para Mulheres”.
ESSE É UM MUNDO EXTREMAMENTE MASCULINO
Sendo bem simplista, todos os cursos que fiz foram ministrados por homens (controle de orçamento, renda fixa, renda variável e outros). Assim também posso me referir à produção impressa. Raras são as mulheres que encontrei que tratam do assunto. Isso me lembra péssimos dados, mas importantes: as mulheres recebem cerca de 74,5% do rendimento dos homens nos trabalhos formais, sendo que nos informais a relação piora para 65% do rendimento médio dos homens.
Entre os homens ocupados, 21,5% recebiam até um salário mínimo em 2013 e 30,6% das mulheres ocupadas estavam nessa faixa de rendimento (Pnad, 2014 – IBGE). Ou seja, nós, mulheres, somos as que mais sofrem com a desigualdade de renda e a desinformação. Sendo que trazer à tona essa discussão de forma pragmática, mostrando possíveis caminhos para a busca das mulheres por um papel mais decisivo nessa esfera da vida e que proporcione mais autonomia, se tornou um propósito na minha vida.
Marri e Wjanman (2007) apresentaram uma ótima e reveladora análise a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2004. Naquela pesquisa, as famílias de núcleo composto (chefe e cônjuge), da região urbana, totalizavam 63,6% do total de famílias. Entre essas famílias, 44% possuíam duplo rendimento do trabalho, ou seja, ambos os cônjuges eram ativos e tinham rendimento. Dentre essas famílias com duplo rendimento do trabalho, em 17% as esposas eram suas principais provedoras.
Porém, conforme a análise das pesquisadoras, embora venha crescendo a importância relativa das mulheres como principais provedoras financeiras das famílias, as pesquisas domiciliares continuavam apontando, na maioria esmagadora dos casos, os homens como os chefes ou responsáveis pelas famílias constituídas por casais com ou sem filhos.
Na PNAD 2014 foi observado um aumento da proporção de mulheres como pessoa de referência (chefe) das famílias compostas por casais, entre 2004 e 2013. No caso dos núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres como pessoa de referência passou de 6,6% para 19,4% e, no de casais com filhos, de 5,1% para 20,3%.
Novamente, nesta pesquisa realizada quase dez anos depois, a razão entre os rendimentos dos trabalhos do cônjuge e da pessoa de referência revelam desigualdades de gênero mesmo com a mulher em posição de destaque no âmbito familiar: em 76,3% dos arranjos de casal onde a mulher era a pessoa de referência, os cônjuges tinham rendimento igual ou superior a elas. Em 2004 essa proporção era de 70,6%.
Não estou querendo dizer que o título de “pessoa de referência” ou “chefe” da família se resume à gestão das finanças, mas que pode-se inferir que, provavelmente, ali está contido esse papel.
Lembrando que a gestão das finanças de uma família vai muito além das compras de supermercado, pagamento da escola e demais boletos, pois ela se trata, muito, de planejamento, definição de estratégias e tomadas de decisão.
Eu trouxe esses dados também para dizer que sozinhas, enquanto mães-solo, é inevitável: não há nem como se considerar a possibilidade de escolha, somos forçadas a dar a devida importância para esse tema. Já em núcleos familiares compostos, apesar de haver uma tendência crescente de participação da mulher na divisão do poder intrafamiliar, continuamos sendo relegadas a papéis secundários.
Sendo assim, em quaisquer dos casos, um dos caminhos básicos na busca por maior autonomia, justiça e equidade, na minha visão, é o devido envolvimento com a gestão do orçamento doméstico.
Lentamente, essa realidade está mudando. Mas podemos mais. Há quem diga que a matemática é uma ciência masculina. As teorias econômicas, o orçamento doméstico (principalmente quando estamos no negativo), o mundo dos investimentos é um tanto maçante mesmo, senão chato. Exige estudo, dedicação e disciplina. Mas nós, mulheres, podemos (ou devemos!) explorar esse mundão.
E se quisermos cuidar de nossas vidas – concordando ou não com esse sistema cruel em que estamos inseridas – teremos, sim, que lidar com dinheiro. Então que seja de forma bem feita, com informação qualificada e segurança, dentro do paradigma da abundância, onde acreditamos que há o suficiente para todos. E se não é assim que está distribuído, a luta para esse fim deve e irá continuar.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Na busca por informação qualificada, entramos no tema da educação financeira. Savoia, Saito e Santana (2007) colocam que ocorre no Brasil um “processo de crescente transferência de responsabilidades aos indivíduos, até então sob a égide do Estado. A principal delas é a formação da poupança previdenciária, conforme disposto na Emenda Constitucional nº 5, de 1998, que estimula os planos de previdência complementar. Da mesma forma, decisões sobre o financiamento da casa própria, o consumo e o endividamento das famílias são alteradas em função desse cenário, com informações limitadas sobre os instrumentos financeiros à população.”
Os mesmos autores deixam claro que, no Brasil, as autoridades não exercem a função de capacitar a população adequadamente para a tomada de decisões no âmbito financeiro. Nos EUA, por exemplo, a preocupação foi de tal ordem que houve a inclusão da educação financeira no sistema de ensino norte-americano.
Novamente, é importante salientar que quando falamos em “gestão de finanças domésticas” estamos nos referindo a um recorte da população brasileira. Isso fica evidente na pesquisa do Instituto Data Popular, de 2013, onde verificou-se que 39,5% da população brasileira com 18 anos ou mais não possuía conta bancária. Do total de adultos não-bancarizados, 11% eram de classe alta, 52% de classe média e 37% de classe baixa. Segundo o Data Popular, a maior parte dos não bancarizados era do sexo feminino e com faixa etária entre 25 e 59 anos.
Existem diversas razões para alguém não ter conta bancária e, realmente, acesso a instituições financeiras não garante orçamento equilibrado e bons investimentos. Não sem a educação prévia. Mas é um indício do quanto os instrumentos de gestão financeira não são universalizados e, novamente, escancara a desigualdade de renda, gênero e oportunidades existente no país.
De toda forma, a primeira coisa que concluímos diante desse contexto todo é: PRECISAMOS FALAR DE DINHEIRO.
Se somos mãe-solo, precisamos envolver nossas crianças no assunto, na medida da compreensão delas. Se somos uma família (qualquer que seja a configuração), todos devem entrar na discussão.
Sei que não é tão simples assim. Sei também que isso pode gerar arranca-rabos. Mas tudo faz parte do processo. É necessário discutir como a gestão das finanças funciona melhor para cada caso. Aqui em casa só um dos adultos faz a gestão (eu, no caso). Isso foi a escolha da nossa família, no momento. Mas as grandes metas e decisões são sempre discutidas.
Existem inúmeras possibilidades de configuração. E devemos sempre lembrar que ao mesmo tempo em que somos indivíduos, com nossas necessidades particulares, também somos uma família, com necessidades coletivas. É com esse fundamento que devemos nos debruçar na busca pelo equilíbrio.
UM CAMINHO PARA A GESTÃO CONSCIENTE DAS FINANÇAS FAMIILIARES
Entrando num campo mais prático: a que se refere gestão de finanças familiares? Na minha concepção, essa gestão é um processo (e friso: uma vida financeira saudável é resultado dos processos) que passa por três grandes etapas:
1ª – Planejar o orçamento
2ª – Poupar
3ª – Investir
Partindo do princípio, para planejarmos o orçamento, precisamos conhecer nossos padrões financeiros. E aí surge um dos maiores obstáculos nesse assunto: criar hábitos sem recompensa imediata. O que quero dizer com isso é que é necessário ter uma motivação muito forte para ter controle do orçamento e, por consequência, chegar à etapa de planejamento.
Faço um paralelo com os cuidados com a saúde: temos que comer bem, dormir bem, fazer exercícios para, a médio/longo prazo, continuarmos com saúde para efetivamente viver a vida bem. A gente não vê resultado imediato (na maioria das vezes). É a estratégia de prevenir no lugar de remediar. Na vida financeira, quando a coisa descambou, quando temos que ser reativos, pode ser pesado demais. E aí até a saúde entra no jogo.
Voltando aos processos, a primeira coisa a se fazer é um diagnóstico. Acompanhar três meses ou mais os gastos da família. E REGISTRAR FIELMENTE. Aqui vale um mantra: não confie na sua memó- ria. Não fique só na força de vontade.
“Ah, mas eu sei quanto eu gasto…”
Não. Não sabe, não.
Não subestime pequenos gastos. Nesse ponto, pode-se lançar mão dos aplicativos que estão gratuitamente disponíveis na internet, caso se sinta confortável em relação à segurança, utilizar planilhas eletrônicas ou fazer à mão mesmo. Cada um, cada qual. Hoje eu utilizo os aplicativos, um para categorização dos gastos e outro para planejamento. Mas ainda não abro mão da minha agenda.
Com um diagnóstico de um período razoável é possível identificar onde estão os ralos. Por onde o dinheiro escoa. Lembrando que possuímos as despesas fixas, onde geralmente não é tão fácil mexer, e as variáveis. Neste último grupo estão os gastos vilões. E também as oportunidades. No meu caso, um dos buracos mais explícitos era o “delivery”, acreditem ou não. E a estratégia para resolver o vazamento? Estabelecimento de tetos.
Já volto ao teto. Pois aqui entra outra reflexão extremamente eficaz para controle dos gastos (percebam que grande parte da etapa de planejamento financeiro se refere ao passado: a estratégias de controle). Algo essencial nesse mundo em que questionamos a capacidade de suporte do planeta é a avaliação constante sobre o que é desejo e o que é necessidade.
Vejam que aqui extrapolamos inclusive o âmbito da educação financeira. Entramos numa questão de sobrevivência. Essa reflexão sobre desejo e necessidade é bastante adequada para trabalhar a gestão financeira com crianças também, tendo em vista o bombardeamento de publicidade que elas sofrem.
Vou dar um exemplo para me explicar. Semanas atrás, meu filho pediu um novo brinquedo de pecinhas de montar. Observei que tínhamos 6 ou 7 caixas organizadoras repletas de pecinhas deste mesmo brinquedo. E o questionei se ele precisava mesmo de mais pecinhas ou se era apenas uma vontade que surgiu ao passar em frente à loja. Lembrei-o das nossas caixas. Então ele mesmo concluiu que não precisava de mais peças, mas queria novos manuais. Ótimo, resolvemos que a saída era procurarmos manuais para novas construções na internet.
Não estou dizendo que nunca devemos satisfazer nossos desejos. De forma alguma. O objetivo desta reflexão, além de auxiliar no controle dos gastos, é de viabilizar o consumo consciente, com prazer, sem culpa. E tem outra coisa interessante quando nos referimos às crianças: elas realmente não precisam de muitos brinquedos. Isso ficou brilhantemente explícito quando nos mudamos, há dois meses, e passamos algumas semanas sem desencaixotar os brinquedos. Minha filha e meu filho passaram todo o tempo com cerca de 30% de seus brinquedos sem sentir falta alguma. Aqui em casa, o que se quer é companhia para brincar. Desconfio que na sua também.
VOLTANDO À QUESTÃO DO ESTABELECIMENTO DE TETOS DE GASTOS
Nesse momento já entramos na seara do planejamento. Tendo um bom diagnóstico, tendo refletido sobre nosso estilo de vida e definido nosso padrão de consumo, é possível visualizar o orçamento futuro.
É interessante que esse planejamento seja feito num momento de serenidade. Quanto aos gastos identificados, onde é possível cortar uma gordura? Ah, mas não quero abrir mão do delivery, é um supérfluo, mas eu gosto de entrega de comida pronta. Certo, estabeleça um valor-meta adequado para esse gasto semanalmente ou mensalmente. Alcançada a meta, acabou. Nesse caso, não tem essa de dobrar a meta.
Outra forma bastante interessante de reunir dinheiro para investir é através de renda extra. Muitas vezes é praticamente impossível cortar gastos, pois já não há gordura. Nesses casos, cabe avaliar se não existem alguns talentos adormecidos, hobbies ou outras atividades que podem ser convertidas em renda extra, que pode ser destinada integralmente à poupança e investimentos.
TODO ESSE PLANEJAMENTO SERVIRÁ PARA QUÊ MESMO?
Depende das suas prioridades. E isso é muito importante, por isso deve ser discutido e rediscutido quantas vezes forem necessárias. Qual é a prioridade para sua família? Ah, é sair da situação de endividamento. Ok, então todas as outras ações deverão confluir para concretizar esse objetivo.
E isso quer dizer, por vezes, abrir mão de desejos, mudar de casa, vender o carro. A estratégia deve ser criada para que as ações te levem a alcançar sua meta. Pequenas ações, exequíveis. Conforme a gente vai realizando o que foi teorizado, a sensação de poder é gratificante. Um sonho realizado leva a outro sonho realizado.
Lembram que comentei antes que todo o trabalho de diagnóstico, controle de gastos, planejamento é um tanto maçante e que é necessário uma motiva- ção muito forte para manter esse processo? Por isso que os objetivos devem ficar muito claros. Devem, assim como as ações que levarão a alcançá-los, serem executáveis e dentro de um horizonte temporal adequado (curto, mé- dio, longo prazo).
A TÃO SONHADA INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA
A maioria dos canais e sites da internet sobre finanças pessoais bradam a tal da “independência financeira” como objetivo maior. Isso se traduz em viver de renda: reunir um patrimônio financeiro de tal montante que te permita ter uma renda passiva, o dinheiro “trabalhar” para você, por meio do efeito dos juros compostos.
É uma opção, claro, mas não é o meu caso. Outros objetivos que são comuns é garantir a aposentadoria, comprar imóvel, comprar carro, reserva financeira, poupança para os filhos, viagens.
Perfeito, superamos a primeira etapa – a mais difícil: fizemos sobrar dinheiro no final do mês. E agora? Agora precisamos investir, necessariamente? Não, claro que não. Pode ser que seu estilo de vida seja viver o hoje como se não houvesse amanhã. E está tudo bem.
Para aquelas pessoas que querem investir é importante conhecer o que está disponível. As armadilhas e as possibilidades. Mas por que investir é importante? Especialmente porque o dinheiro perde seu valor ao longo do tempo (o principal mecanismo para isso é a inflação). E também porque, na maioria das vezes, precisamos juntar um determinado montante antes de adquirir determinado bem ou realizar um sonho. E para isso é necessário estudo e envolvimento.
Aqui vem a primeira dica unânime entre os estudiosos dos investimentos: NÃO EXISTE NINGUÉM MELHOR QUE VOCÊ PARA CUIDAR DO SEU DINHEIRO. O banco não vai cuidar do seu dinheiro melhor que você. O consultor da corretora também não. Eles estão trabalhando pelos interesses e metas deles, não pelos seus. Estão vendo a importância de se envolver com algo tão crucial?
Segunda grande dica: os investimentos possuem três características – rentabilidade, liquidez e risco. Você nunca vai encontrar as três ao mesmo tempo. Não acredite em milagre no mundo financeiro, desconfie porque pode ser golpe, sim.
Lembrem-se sempre da recomendação: “não coloquem todos os seus ovos na mesma cesta”. Diversificar tende a dar mais segurança. Existem bons investimentos que podem servir para a aposentadoria ou para a poupança das crianças (longo prazo). Existem bons investimentos para a reserva de emergência (liquidez). Existe uma miríade de investimentos para todos os gostos, de renda fixa, de renda variável, isentos ou com cobrança de imposto de renda, cobertos pelo fundo garantidor de crédito (FGC) ou não. Saindo das instituições financeiras, ainda existe a possibilidade de investimentos de longo prazo, com imóveis, entre outros tipos. De todo modo, buscar informação é preciso.
Para finalizar, quero dizer que mesmo com a instabilidade do nosso país, ainda é possível investir com segurança. E quanto a essa colocação, segue a última dica do dia: para iniciantes, sempre se recomenda começar pela renda fixa.
Esse é um tipo de investimento que possui rentabilidade pré-definida no momento da compra, seja em valor nominal (prefixado) ou pela variação de um índice (pós-fixado). Um bom caminho são os títulos públicos (tesouro direto), que são mais diversificados, mais rentáveis que a poupança mesmo com desconto do IR e são considerados os investimentos mais seguros, visto que o único risco de não receber o dinheiro de volta é se o país declarasse falência, o que implicaria na maior crise econômica possível.
Para investir no tesouro direto é preciso a intermediação de uma instituição financeira, seja um banco ou corretora. Os bancos em geral cobram taxas. Arrepiam-me os cabelos quando falam em taxas. Essas vilãs são um ótimo ponto de partida para qualquer avaliação. Busquem entender as taxas cobradas, em todos os casos. Existem boas corretoras que não cobram taxas para investir no tesouro. No site do tesouro direto há uma listagem com as autorizadas e as taxas cobradas pelas corretoras.
CONCLUINDO…
Neste texto procurei mostrar como é importante falarmos sobre dinheiro. A partir dessa pequena ação, ao colocar as finanças da família em pauta, numa discussão saudável, várias questões podem ser tratadas. Desde a relação pessoal de cada ente com o dinheiro até a definição de sonhos e objetivos comuns cuja realização dependerá da colaboração de todos.
Essa conversa pode passar por reflexões sobre sustentabilidade, realidade social, desigualdade de gênero, consumismo, felicidade, crenças. É o que mostrará também onde está a mãe nessa história toda. E se ela ainda não tiver se encontrado, pode ser uma ótima oportunidade para conquistar mais espaço nessa área da vida. Procurei deixar com as dicas desse texto um caminho que eu conheço. Mas certamente muitos outros surgirão assim que começarem a trilhar os seus. Aventurem-se, tenho certeza de que valerá a pena.
Referências
Calculadora da Desigualdade: https://www.oxfam.org.br/calculadora
Marri, I. G. e Wajnman, S. R. bras. Est. Pop., São Paulo, v. 24, n. 1, p. 19-35, jan./jun. 2007
Savoia, J. R. F.; Saito, A. T. e Santana, F. de A. RAP Rio de Janeiro 41(6):1121-41, Nov./Dez. 2007
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2004. Disponível em: www.ibge.gov.br
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014. Disponível em: www.ibge.gov.br
Tesouro Direto (corretoras): http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas