Ação coletiva de divulgação. Clique na imagem e ajude, faça parte disso.
De 14 a 18 de novembro, mais de 8 mil pesquisadores, estudantes, militantes e profissionais da área da saúde estiveram reunidos em Porto Alegre para o Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva.
E foi neste evento que lançamos o vídeo/documentário “Violência Obstétrica – A voz das brasileiras”.
E a apresentação dele já dá uma historinha especial…
Pelo programa do congresso, nós o apresentaríamos na sexta-feira, 16 de novembro, às 18:30. Mas teríamos apenas 15 minutos de apresentação e, no entanto, ele contém 50 minutos. Ainda assim fomos em frente, na esperança de que conseguiríamos apresentá-lo na íntegra.
Começamos a apresentação… mas realmente precisamos interromper após 15 minutos…
Todos os presentes se emocionaram muito, ficaram muito tocados, muito sensibilizados e nos deram a ideia de que tentássemos, junto à organização do evento, um novo horário e local para que fosse apresentado na íntegra.
No dia seguinte, após uma verdadeira via crucis em busca de alguém que nos autorizasse, que destinasse sala e horário, conseguimos. Enfim tínhamos um auditório para divulgar o vídeo na íntegra… Mas tínhamos também um problema: como avisar as pessoas sobre o novo dia e horário de apresentação?
Então todas nós (Bianca Zorzam, Ana Carolina Franzon, Marisse Queiroz e eu) imprimimos, na correria, 300 filipetas onde informávamos dia e hora da nova apresentação. E saímos pelo congresso distribuindo e convidando as pessoas. Um grande trabalho coletivo de ativismo em prol da divulgação de um tema que precisa ganhar cada vez mais visibilidade, e o quanto antes.
No sábado, dia 17, às 19 horas, enfim o apresentamos na íntegra.
Foi extremamente emocionante… Ainda me faltam palavras para explicar o que vivemos ali naquele auditório…
Muitos choraram. Muitos se mobilizaram. Muitos se indignaram. E todos aplaudiram aquelas mulheres corajosas que transformaram tristeza em ação.
Nosso objetivo foi plenamente cumprido até aquele momento: falamos sobre o assunto em um congresso de saúde coletiva, demos voz às mulheres que participaram do vídeo e que representam centenas de outras mulheres, sensibilizamos mais pessoas.
Agora queremos atingir ainda mais pessoas.
Queremos tornar pública e conhecida essa questão, essas vozes, esse problema tão grave.
Então estamos convidando a todos que querem ajudar, que querem colaborar, que querem unir esforços em prol do combate à violência no parto a fazer parte de uma ação maior.
No próximo domingo, 25 de novembro, será o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. E estamos chamando todo mundo para participar de um esforço coletivo de divulgação do vídeo “VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA, A VOZ DAS BRASILEIRAS”.
Para se juntar a nós e participar desta ação, basta clicar na imagem que abre esta postagem e preencher o formulário. Nós entraremos em contato com você no próximo sábado com todas as informações para incorporar o vídeo em seu meio de comunicação.
Se você tem um blog, blogue.
Se você tem um twitter, twitte.
Se você tem um perfil no Facebook, divulgue.
Se você coordena um grupo de gestantes ou de maternidade e paternidade, divulgue e organize uma apresentação coletiva.
Se você é professor, inclua o vídeo em seu programa.
Se você é gestor ou outro profissional de saúde, inclua em uma roda de conversa.
Se participa de listas de discussão, envie o link.
Vamos ouvir essas vozes, vamos ecoá-las. Elas não podem mais ser ignoradas.
No próximo domingo, 25 de novembro, fará 1 ano que eu comecei a divulgar a minha nova pesquisa de doutorado.
Fará 1 ano que estou completamente envolvida nesta causa.
Que organizamos, todas juntas, uma blogagem coletiva para falar sobre a violência no parto.
Muita coisa já fizemos desde então, mas ainda é pouco.
Vamos continuar fazendo. Vamos continuar trabalhando. Nosso objetivo é coletivo.
Um dia teremos meios eficazes de denúncia e de se fazer cumprir o que a lei e todas as orientações de saúde recomendam: que toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e puerpério.
Que todas as pessoas têm o direito de serem respeitadas e tratadas com dignidade. Em todos os momentos de sua vida.
Nós, mulheres, precisamos do seu apoio e companheirismo.
Ajude a espalhar a voz desse coletivo feminino.
Muito obrigada e um abraço solidário
Ligia Moreiras Sena – Cientista Que Virou Mãe
Ana Carolina Arruda Franzon – Parto no Brasil
Bianca Zorzam – Universidade de São Paulo
Kalu Brum – Mamíferas