Ou:
“Querida filha: não tenha medo dos seus medos. Eles vão te levar até onde precisa ir”
Uma mancha surgiu na minha pele. Procurei um médico, desses ditos bons. O diagnóstico: mancha gravídica, mesmo sem estar grávida. O motivo: anos a fio de pílulas anticoncepcionais. Grande quantidade de hormônio sendo despejada mensalmente em meu corpo, alterando meu metabolismo, promovendo mudanças mil, estimulando manchas na pele – entre outras coisas que jamais soube nem saberei. A recomendação: mudar de pílula (não parar com hormônios – ginecologistas parecem não ser treinados a outra recomendação anticoncepcional que não a hormonal). Apenas mudar. Mudei. Meu corpo não aceitou. Menstruei no meio do ciclo. A recomendação: insiste. Insisti. Não deu, meu corpo não aceitou mesmo. A nova recomendação: parar de tomar, esperar o ciclo normalizar, vamos reiniciar com outro. Nesse intervalo: defendi minha tese de doutorado, comemorei com uma pessoa por quem estava interessada há poucos meses, bobeei na proteção. Engravidei. Eu, que não planejava ficar grávida. Eu, que me inundava de hormônios anticoncepcionais há 14 anos. Engravidei.
Estou contando uma história que aconteceu há alguns anos – 4 anos e 8 meses, para ser mais precisa. Em 23 de novembro de 2009, eu soube que estava grávida. Estava sozinha no apartamento – onde morava também sozinha – quando li o resultado positivo na tela de um notebook. Uma moça de 31 anos, recém doutora, morando sozinha, em uma fase de vida em que se aceitava plenamente sozinha e planejava uma vida, também, sozinha. Separada há pouco de um relacionamento de 5 anos. Tendo conhecido alguém há pouco meses. Doutora há apenas 1 mês. Aguardando resposta de um projeto de pós-doutorado que poderia me levar a outro país. Li o resultado na tela de um notebook. Sozinha. Querendo fumar. E não fumando – poxa, eu estava grávida! E essa foi a primeira de uma infinidade de mudanças que operei em mim mesma apenas – apenas – por me saber mãe…
Não fumei. Levantei. Chorei. Sozinha. Não era alegria. Era desespero. Medo. Susto. Telefonei para uma grande amiga – hoje madrinha da minha filha, escolhida pela própria. Contei. Ela já sabia (aquela coisa verdadeira e profunda que acontece entre co-madres)… Liguei para minha irmã caçula. Liguei para meu pai. Ele riu muito. Riu feliz. Estava feliz por se saber avô pela primeira vez. Mas eu ainda estava assustada. Muito confusa. Em meu apartamento de moça solteira, recém mobiliado por uma moça solteira. Vivendo uma vida de moça solteira. Moça solteira terminando um doutorado. Cheia de planos para o que considerava ser “uma vida como devia ser“. Como eu achava que deveria ser. Uma moça que se sabia grávida. Uma moça com toda sua história pregressa – histórias familiares difíceis, histórias profissionais de luta, histórias amorosas não muito bem sucedidas. Contei para o pai do bebê, meu namorado muito recente. Ele comemorou. Assustei-me com aquela reação… Mas depois a aceitei. Decidimos: vamos encarar essa! A gente se amava… Tudo pode faltar, menos o amor (não era isso que nos ensinavam nas novelas e comerciais de tv?). Encaramos. Celebramos. Fizemos planos. Fomos à praia comemorar a chegada de alguém que seria muito, muito amado. Nós nos amávamos. Todos. Amávamos aquela nova pessoa dentro do meu útero. Uma nova pessoa. Um novo ser. Alguém que… Eu não sabia… Mas mudaria minha vida para sempre. Para muito além da vida de uma mulher que gesta, dá à luz e cria. Que me mudaria como pessoa, como ser vivendo uma experiência de modificação singular – e coletiva. Que me inspiraria a mudar de vida. A me tornar quem eu sempre quis ser. Que seria uma catalisadora profunda. Tudo isso. Num novo ser de menos de 1 cm. E sem que eu pudesse sequer imaginar…
Foi quando, então, uma série de fantasmas, medos e assombrações me dominaram. Um medo paralisante de reviver histórias. Principalmente histórias familiares. Histórias de separações bruscas. Dos meus pais entre si, do meu pai com as filhas, de mim mesma com minha mãe, de mim mesma com a ideia que eu nutria sobre a família que queria ter. Separações não apenas físicas, mas emocionais. Separações que são parte indelével de quem eu fui, de quem eu sou, de quem eu serei. Medos de todos os tipos. Mas, principalmente, de repetir histórias que eu não queria que se repetissem. Que não poderiam se repetir.
A história de separação dos meus pais foi um divisor de águas para mim. Profundamente dolorosa. Dói até hoje pra falar, mais de 20 anos depois.
Perdi meu pai há quase 6 meses. E sua morte trouxe com toda força a minha história com ele. Minha infância. O amor profundo que sentíamos (sentimos) um pelo outro. A separação entre ele e minha mãe. O dia em que ele saiu de casa. Eu arrumando suas malas. Guardando suas coisas em caixas (tão parecido com o dia em que desmontei sua casa, com a ajuda da minha irmã caçula, poucos dias após sua morte…). Depois, desempacotando-as em seu novo apartamento. A dor que eu sentia. O cheiro das coisas. A decisão de ir morar com ele, por pena, por dó, por saber que ele não saberia viver sozinho… A consciência da mágoa que isso poderia causar à minha mãe. E que me fez rever a decisão (eu não queria magoá-la justamente quando se separava…). Eu tinha 14 anos. E senti como se estivessem me partindo ao meio. Eu os amava tanto! Eu era tão eles! Eu era tão minha mãe! Eu era tão meu pai! E ser ambos me enchia tanto de orgulho! Eles me amavam tanto… Eles não deixavam seu amor em dúvida. Eu sabia que me amavam. Cada um a seu modo, mas me amavam. Eu era nós todos: mãe, pai, duas irmãs pequenas. Eu era uma menina de 14 anos que se sentia toda aquela gente. Aquela gente incrível. Lutadora. Batalhadora. Guerreira. Gregária. Era todo mundo tão incrível pra mim… Separar aquilo era me sentir partindo. Partindo em muitos pedaços. Tantos quanto eu nunca mais conseguiria juntar. E nunca mais consegui. E tentei tanto… Naquela época, eu preferia as inúmeras brigas. Eu preferia que eles fossem infelizes como homem e mulher. Que fingissem felicidade. Eu preferia que se sacrificassem por nós! Eles tinham que se sacrificar por nós. Porque merecíamos oras. Porque sempre fomos filhas ótimas, oras. Nunca demos trabalho desses que arrebentam as vidas dos pais. Sempre fomos bacanas. Três crianças! O que tem no peito no lugar do coração alguém que não sacrifica a si próprio por uma criança?! Por três crianças?! Era desse jeito egoísta e autocentrado que eu pensava. Eu não sabia nada do mundo, nem das dores das pessoas.
E foi assim que eu cresci. E me tornei adulta. Jamais digerindo essa separação. Assumindo meu pai como filho. Cuidando dele como quem cuida de alguém que não tem condições de se cuidar sozinho. Embora tivesse… Claro que sim. Mas a menina de 14 anos que se agarrou em quem eu era não me deixava fazer outra coisa senão isso. Cuidar dele. Eu o amava. Mais do que tudo. Porque ele era meu amigo, confidente, parceiro. Não me julgava. Aceitava todas as minhas decisões. Soube não me criticar quando me viu fumando pela primeira vez. Sabia me ouvir quando eu entrava em parafuso por relacionamentos amorosos desastrosos. Convivia com os namorados que eu escolhia, mesmo não gostando deles. Aquele homem, meu pai, me amava muito. E eu o vi sofrendo uma separação não desejada. Até o fim dos seus dias. Até o dia em que o encontrei caído dentro de casa, morto…
Minha mãe. Ela não teve muito tempo para se fazer vítima. Ela tinha três filhas para criar. Três pequenas. Ela tinha que fazer escolhas difíceis. Que juntar dinheiro para comprar o leite. Que explicar às filhas como e porquê elas sairiam de suas escolas particulares. Porque o pai não viveria mais lá. Mesmo que não tivesse ferramentas das melhores para explicar, ela tinha que explicar. E viver sua dor de família desfeita. E criar as crianças. E procurar forma de gerar renda depois de ter escolhido criar filhos por anos. E foi dor em cima de dor. Mágoa em cima de mágoa.
E nós ali. As crianças. Vivendo junto. Porque é isso mesmo, crianças vivem tudo junto. E formam suas vidas a partir dos modelos que tiveram. Aceitando-os. Negando-os. Misturando-os. Até que encontrem os seus próprios. A sua própria forma de ver o mundo. E selecionem as dores que querem perpetuar… Ou os ciclos que estarão determinadas a encerrar. Para sempre.
E eu cresci sabendo que se um dia me casasse e tivesse filhos, eu jamais me separaria. Porque crianças não merecem viver a separação de seus pais. Porque crianças não merecem sentir a dor da divisão. Porque filhos merecem que os adultos se sacrifiquem por eles. Porque crianças são mais importantes que seus pais. E o que tem no peito no lugar do coração alguém que não sacrifica a si próprio por uma criança. Eu continuava a pensar de maneira egoísta. Eu ainda não sabia nada sobre o mundo, sobre a vida, sobre dores. E já havia crescido…
Então, naquela noite de 23 de novembro de 2009, enquanto agradecia, na Praia da Joaquina, pela dádiva de estar gestando um novo ser, eu dizia a mim mesma: qualquer coisa poderá acontecer, mas essa criança terá pai e mãe vivendo junto. Para sempre. Porque uma dor como eu vivi, essa criança não irá viver.
Eu não sabia… Mas começava ali também uma nova história de superação.
Eu jamais poderia imaginar o que me aconteceria a partir de então. As mudanças que eu viveria como pessoa. O mundo que seria descortinado a mim. Os conceitos que passaria a conhecer. As múltiplas realidades que me seriam apresentadas pelo fato de estar grávida, me tornar mãe e buscar uma forma diferente de exercer minha maternidade. O abandono de uma área de pesquisa. Assumir uma outra. O estudo em ciências sociais. O estudo aprofundado em violência. Em direitos. Em emancipação. Em autonomia.
Em ser.
Em se gerir.
Em se gestar.
Em se parir.
Em renascer.
A metamorfose pela qual passaria. A revolução de valores. Os estudos feministas. Ah, os estudos feministas. O quanto me libertaram. O quanto seguem me libertando. O quanto são insuportavelmente emancipatórios! Li um texto certa vez que diz exatamente o que quero dizer agora:
“Hoje, ser feminista me arranja muito mais problemas do que soluções. ‘Você enxerga machismo em tudo’, ‘Você tá cada vez mais intolerante’, ‘Que exagero, Clarissa’, ‘Você costumava ter senso de humor’ são só algumas das frases que invadem meu dia-a-dia. Os assédios quase diários não passam mais silenciosos e as juras internas de ‘deixa pra lá, relaxa, é normal’, pra cada vez que eu era violentada verbalmente deram lugar para uma raiva crescente e poderosíssima.
(…) É verdade, não sou mais a cool girl bem humorada de antes, que sacava o mundo dos caras, gostava de strip clubs e pornografia, e ‘sabia se divertir’. Agora, parece que sou uma feminazi amarga que odeia homens. E minha reação a isso hoje é rir e pensar: ainda bem. Tava na hora de abrir os olhos”.
Perdi amigos. Gente que não quer saber de gente se emancipando, lutando por direitos, falando sobre coisas chatas como direitos ao invés de discutir quem fica ou quem sai no par
edão do Big Brother. Perdi parceiros. Que não suportaram me ouvir discursando sobre porquê acho uma palhaçada essa coisa de se exigir padrões femininos. Perdi muita gente nesse caminho. Na verdade, nem acho que foram perdas. Vejo como readequação de meio. Criei fama de encrenqueira. Briguenta. Brava. Intransigente. Radical. Que arruma confusão por “nada”. Aquele “nada” que é nada para uns e tanta ofensa e opressão para outros. Passei a ouvir piadinhas de amigos (amigos mesmo, gente querida) por ser ativista, feminista, pesquisadora da violência contra a mulher. E tantas outras coisas que me aconteceram porque, enfim, encontrei meu caminho. Um caminho que não é só meu, mas de tantas mulheres. Lutando por tantas outras. E, em meio a essas modificações, estudos, problematizações, me vi triste e insatisfeita em meu próprio relacionamento amoroso. E isso não tem nada a ver com ele ser bom, mau, legal, chato, engraçado, sério, gordo, magro. Isso tem a ver com o quanto dois caminhos se aproximam ou se distanciam. Com o quanto os objetivos de um são os objetivos do outro. Com o quanto conseguimos conversar ou discutir sobre ideias, sobre conceitos, sobre planos e objetivos. Também não tem nada a ver com o quanto se é bom pai ou boa mãe.
edão do Big Brother. Perdi parceiros. Que não suportaram me ouvir discursando sobre porquê acho uma palhaçada essa coisa de se exigir padrões femininos. Perdi muita gente nesse caminho. Na verdade, nem acho que foram perdas. Vejo como readequação de meio. Criei fama de encrenqueira. Briguenta. Brava. Intransigente. Radical. Que arruma confusão por “nada”. Aquele “nada” que é nada para uns e tanta ofensa e opressão para outros. Passei a ouvir piadinhas de amigos (amigos mesmo, gente querida) por ser ativista, feminista, pesquisadora da violência contra a mulher. E tantas outras coisas que me aconteceram porque, enfim, encontrei meu caminho. Um caminho que não é só meu, mas de tantas mulheres. Lutando por tantas outras. E, em meio a essas modificações, estudos, problematizações, me vi triste e insatisfeita em meu próprio relacionamento amoroso. E isso não tem nada a ver com ele ser bom, mau, legal, chato, engraçado, sério, gordo, magro. Isso tem a ver com o quanto dois caminhos se aproximam ou se distanciam. Com o quanto os objetivos de um são os objetivos do outro. Com o quanto conseguimos conversar ou discutir sobre ideias, sobre conceitos, sobre planos e objetivos. Também não tem nada a ver com o quanto se é bom pai ou boa mãe.
E eis que me vi frente ao meu medo mais terrível. Aquele que me fez crescer dizendo e repetindo que, se um dia me casasse e tivesse filhos, jamais me separaria. Porque crianças não merecem viver a separação de seus pais. Porque crianças não merecem sentir a dor da divisão. Porque filhos merecem que os adultos se sacrifiquem por eles! Porque crianças são mais importantes que seus pais! E o que tem no peito no lugar do coração alguém que não sacrifica a si próprio por uma criança?! Eu já sabia algo sobre o mundo. Eu já conhecia algumas dores…
Confesso: por alguns meses segui pensando assim. Clara é maior do que tudo. Clara é o motivo de tudo. Por ela faço qualquer coisa. Por ela, me anulo. Por ela, passo por cima de mim. Por ela, engulo. Por ela, vou. Por ela, sigo. Não. Péra…
E então, meu pai morreu. E então, eu publiquei um livro. E então, eu revisitei toda a história da minha infância. Afastei-me por um tempo do blog Cientista Que Virou Mãe e nesse tempo, sem escrever ativamente, era isso que estava fazendo, revisitando minha infância e lançando meu livro, escrito com Andreia Mortensen. Recebendo abraços das pessoas, que me diziam: “Obrigada por me ajudar a quebrar ciclos“, “Obrigada por me ajudar a ser mãe“, “Obrigada por me inspirar“, “Obrigada por escrever o que você escreve“.
Eu. Uma zé mané dona ninguém. Inspirando pessoas. Então, oras, era hora de inspirar a mim mesma. E foi com o livro que escrevemos em mãos, que aceitei: eu já quebrei um ciclo. Consigo quebrar outro. Consigo fazer uma outra história.
Então hoje, 10 de julho de 2014, estou a 17 dias de completar 36 anos. A 20 dias de completar 4 anos como mãe da Clara. E sou uma mãe separada há 1 mês. Uma mãe, como se diz por aí, solteira. Cuidando de filha. Pagando todas as contas. Fazendo doutorado. Enfrentando talvez o maior dos medos que já tive na vida. Mesmo. Aquele medo que tantas vezes me paralisou. Sem família morando na mesma cidade. Morando em uma casa grande e lidando com barulhos estranhos no meio da madrugada. Lendo sobre o assunto. Respondendo às perguntas capciosas da filha. Aprendendo a lidar com os comentários que ela faz a todos que encontra, sobre sua nova situação. Preparando-me para fazer dessa experiência algo grandioso para ela, minha filha. Para que ela veja como é possível ser uma filha feliz de pais separados. Para que, vendo sua alegria ao ir dormir no pai, eu também me cure. Cure a criança que fui. Cure minhas dores, vendo que é possível fazer diferente. Para que ela tenha o pai sempre perto – que agora é nosso vizinho.
Para que ela cresça sabendo que as crianças são seres muito, muito especiais. Mas que nenhuma mulher merece ser sacrificada pela felicidade de seus filhos, que podem nem estar felizes. Porque crianças sempre serão importantes, sempre, e precisam ser muito amadas. Mas que nenhuma criança poderá crescer saudável e feliz enquanto uma mãe estiver sacrificando a si própria e a seus valores. Porque se eu quero que minha filha Clara cresça como uma mulher saudável, física, emocional, sexual, integralmente, eu preciso mostrar a ela que isso é perfeitamente possível. Mesmo que o modelo não seja aquele que a família mononuclear dos desenhos mostra. Mesmo que não haja mamãe e papai morando na mesma casa. Mesmo que esse seja o trauma mais profundo de sua mãe. Porque eu realmente acredito no que defendo. E por amor a ela, mas principalmente a mim mesma, não irei me negligenciar.
Um mundo completamente novo está sendo aberto para mim. E tenho a grande felicidade de não estar sozinha. Na verdade, fui e estou sendo inspirada por mulheres absolutamente reais que, sem saber, me ajudaram em todo esse processo, que não é recente nem inesperado. Das maiores dificuldades que vivi, brotaram grandes transformações. Foi assim com meu não-parto. Não tem porquê ser diferente agora. E como diz Lia Luz, que escreveu uma tese de doutorado sobre o blog Cientista Que Virou Mãe e o que escrevo nele, “Eu tenho certeza de que você ainda vai conseguir ajudar outras mulheres a também encarar mudanças como essas“. Sim. Eu irei. A começar por uma pequena mulher chamada Clara. Que vai crescer sabendo que amor incondicional, profundo e saudável não depende de endereço ou estado civil. Depende, isso sim, da integridade dos valores que se defende e da força de vontade de se fazer alguém feliz. E isso, tenho de sobra a dar a ela.
Clara: cresça e floresça, filha. Papai e mamãe estão aqui. Bem pertinho de você. Ainda que não no mesmo lugar…
Ah sim. “O que tem no peito no lugar do coração alguém que não sacrifica a si próprio por uma criança?!“. Talvez a resposta seja “amor próprio”. Um dos maio
res legados a se deixar a uma filha. Palavra de mãe. Palavra de filha.
res legados a se deixar a uma filha. Palavra de mãe. Palavra de filha.