Dia: 17 de novembro de 2012 
Horário: por volta das 19:00.
Local: Porto Alegre, UFRGS, em um auditório montado na área externa do Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. 

O documentário “Violência Obstétrica – A voz das brasileiras” acabara de começar, em sua primeira apresentação na íntegra.
Luz apagada. No telão, mulheres contavam suas histórias dolorosas de nascimento dos filhos, com a esperança de que, contando, pudessem contribuir para a mudança da violenta assistência ao parto no Brasil.
Na sala, cerca de 40 ou 50 pessoas que, em silêncio absoluto, assistiam compenetradas.
Entre elas, meu marido. E minha filha, com exatos 2 anos, 3 meses e 17 dias, que andava de um lado para o outro brincando no escuro.
Sentei nas fileiras finais da sala, de modo a observar melhor a reação das pessoas ao documentário.
Então minha filha veio correndo, abraçou as minhas pernas e disse cochichando: “Mamãe, quélo mamá”.
Eu a peguei no colo e, enquanto assistia ao documentário que nós havíamos feito com tanto carinho, com tanta dedicação e respeito, e que sintetizava 1 ano de atividades voltadas a desnaturalizar a violência no parto, que representava uma parte da minha mudança de vida, impulsionada pela maternidade, a amamentei.
Eu não sabia… mas essa era a última vez que minha filha mamava.

Todos os momentos decisivos pelos quais passei nessa mudança de vida tiveram a presença marcante da minha filha, hoje vejo. Em 06 de abril de 2011, quando ainda fazia pós-doutorado em Farmacologia, ela foi comigo a São Paulo para participar de um debate sobre violência no parto promovido pela Câmara Municipal de São Paulo. Foi sua primeira viagem de avião. Foi a primeira vez que vi e ouvi os resultados da pesquisa Mulheres e Gênero nos Espaços Público e Privado Brasileiro, apresentados pelo próprio professor Gustavo Venturi. Foi quando ouvi que uma em cada quatro mulheres sofre violência no parto no Brasil. Foi quando senti o coração agoniado com o que ouvia. Começava ali a minha mudança de vida… com minha filha no sling.
Então, em 08 de junho de 2011, um dia depois de deixar o pós-doutorado, estive no seminário do professor Gustavo Venturi aqui em Florianópolis, onde ele apresentou todos os dados da pesquisa. Aqui, conto como tudo aconteceu mas, principalmente, como foi estar com minha filha nesse seminário, que marcava o início da nova carreira, como foi colocá-la no chão e… vê-la engatinhar pela primeira vez.
Em 10 de agosto de 2011 recebi o primeiro convite pra viajar a trabalho depois que me tornei mãe. Não precisei me apavorar com a ideia de ter que deixá-la, pois o grupo que me convidou é um grupo do qual me orgulho de ter feito parte, formado por pessoas esclarecidas, humanas e conscientes, que me convidaram sabendo que eu tinha bebê pequeno e se disponibilizando a cuidar dela na sala enquanto eu palestrava. E assim foi minha primeira viagem a trabalho, junto com minha filha. Ela quis dormir no meu colo durante a palestra, eu a amarrei no sling e, durante 40 minutos, falei sobre neurobiologia da aprendizagem para uma sala cheia de gente…
Em 12 de outubro de 2011 (acabei de notar um padrão de 2 meses entre cada acontecimento, quase precisamente), organizei uma Slingada aqui em Floripa, tanto pra celebrar o dia das crianças quanto pra marcar a participação da cidade na Semana Internacional do Babywearing. Famílias caminharam por todo o centrinho da Lagoa da Conceição com seus filhos no sling, em uma manifestação pacífica em defesa de uma infância respeitada. E foi nesse dia, no café onde todos conversávamos e descansávamos, que minha filha deu seus primeiros passos…

Sim, eu e ela temos compartilhado momentos importantes de nossas vidas.
Marcos meus também foram marcos dela.
Assim, olhando para essa retrospectiva de nossas vidas juntas, dá pra compreender que não foi “coincidência” ela ter mamado pela última vez justamente no lançamento do documentário; foi apenas sintonia, como tudo o que acontece com a gente. Foi sintonia, parceria, conexão.
Minha filha… Que grande parceira você é.

Sobre o desmame em si… Faz 1 mês que nos desmamamos. E até agora mal posso acreditar na forma como tudo aconteceu.
No primeiro semestre, tensa por saber que em novembro eu precisaria viajar durante 5 dias para participar do congresso, cheguei a pedir leituras sobre desmame para o grupo de mães do Maternidade Consciente. Todas – sem exceção – me incentivaram a continuar a amamentação mesmo que eu precisasse me ausentar e todas compartilharam comigo textos sobre desmame natural. A questão era: eu achava que precisaria ir sem ela. Ela sempre foi tão apegada a mim, sempre mamou tanto, só dormia mamando, como eu poderia ir viajar e deixá-la assim, mamando ainda?! Sinceramente: nutri verdadeiro pânico desses dias durante os meses precedentes. Sobre os textos recomendados: confesso, só li dois. Não quis ler mais. Simplesmente porque, se eu queria que acontecesse um desmame natural, qualquer leitura poderia me influenciar e deixaria de ser natural. Então simplesmente esqueci o assunto, decidi que não a desmamaria e, tendo tomado firmemente essa decisão, relaxei e tratei de procurar uma alternativa.
Eis que a alternativa surgiu com a possibilidade do meu marido ir comigo ao congresso. Sim, ele fez isso por mim. Foi comigo pra Porto Alegre para que eu não precisasse me ausentar durante tantos dias da minha filha, que não dormia de outra maneira a não ser comigo. Essa era uma questão que sempre me preocupava: ela só dormir comigo, ela só dormir mamando. Tentamos algumas vezes que ele a fizesse dormir, mas não, ela não aceitava. A noite era da mamãe.
Então fomos todos pro Rio Grande do Sul.
Foi uma linda viagem.
Clara aproveitou muito a viagem de ônibus, curtiu o caminho, ouviu música, foi ótimo. Lá, ficamos hospedados na casa de uma amiga de muitos anos dele, que nos tratou como verdadeira família.
Foi simplesmente perfeito.
E então começou o congresso. Para minha surpresa, os horários de atividades foram completamente preenchidos: eu saía de casa às 8:00 da manhã e só voltava tarde da noite, por volta das 22, 23 horas. Durante todo o dia, Frank cuidava da Clara, passeava com ela e sua amiga por Porto Alegre, conhecia lugares legais, a levava para se divertir – e sempre dava uma passadinha na universidade para que nós nos víssemos nem que fosse por alguns instantes.
Então o desmame começou a acontecer…
Na primeira noite que percebi que chegaria muito tarde, liguei pra ele pra saber como ela estava. E a surpresa: “Está dormindo”.
– Como dormindo?!
– Assim. Dormindo.
– Mas ela nem mamou! (mãe em surto)
– Ela disse pra mim que estava com sono, eu arrumei a caminha pra ela dormir, a levei, ela deitou e dormiu. Assim.
Desliguei o telefone meio chocada. Como assim?! – a gente sonha com um desmame tranquilo e quando ele acontece, apavora. Mães: essas maluca
s.
Quando cheguei, corri pro quarto dar um cheiro nela – e ver se ela queria mamar (torcendo pra que quisesse, no fundo no fundo). Ela deu uma acordadinha, disse “Oi mamãe!”, virou e… dormiu de novo! E eu lá, chocada. Aproveitei pra dizer o motivo de ter ficado fora o dia todo, que a mamãe estava estudando, que tinha sido por isso que havíamos viajado, mas que logo tudo voltaria ao normal e blablabla e tal… mas acho que falava mais pra mim do que pra ela, que já dormia.
Saí do quarto, fui pra sala, onde os amigos me esperavam com uma cerveja especial. Encheram os copos e fizemos um brinde. Um brinde aos crescimentos da vida.
Então no dia seguinte foi a mesma coisa. Saí cedo, encontrei com eles no meio do dia, ela me viu, estava toda animada de tanto brincar, não pediu pra mamar, nos separamos, cheguei tarde em casa, ela já dormia. O pai? Muito feliz e tranquilo, por ter visto nossa filha em tão grande sintonia com ele, reagindo de maneira tão segura.
E assim os dias se repetiram. Ela sempre muito animada, curtindo muito a viagem, muito feliz com os novos amigos. Até que chegou o dia da apresentação do documentário e ela pediu pra mamar. Eu a amamentei numa ótima, sem imaginar ou planejar que seria a última vez.
Voltamos pra Floripa e, dois dias depois, precisei viajar. Fui dar uma palestra no Forum sobre Medicalização da Infância e Adolescência da Unicamp e passei duas noites fora de casa. Sem eles.
Embora estivesse aparentemente tranquila, o corpo a gente não engana: tive uma crise nevrálgica que quase me impediu de ir. Uma dor terrível, semelhante à neuralgia do trigêmeo, que foi passando durante minha estadia em Campinas (Freud, Freud….).
A primeira noite foi complicada. Não consegui dormir direito. Cabeça lá em casa. Mandando mensagem e ligando. Até que chega a mensagem: “Já estamos deitados, ela já está dormindo, vou dormir mais cedo pra ficar com ela”. No dia seguinte, liguei pra saber como havia sido a noite, e ele me diz: “Ótima! Dormiu bem, só acordou uma vez, chamou por você, deu uma choradinha, mas eu disse pra ela que a mamãe tinha viajado de avião, lembra? Lembra que fomos levar a mamãe no avião? Então ela disse ‘Ah é!’, pediu um copo de água, tomou a água toda, deitou e dormiu”. E ele ainda enfatizou: “Foi muito bom falar a verdade, ela se acalmou na hora”. Na noite seguinte, nem isso: dormiu a noite inteira, tranquila, ao lado do papai.
Então eu voltei de viagem.
Ela saiu correndo em direção ao meu colo no aeroporto.
Beijei, beijei, beijei, disse que havia sentido muitas saudades, ela me abraçou muito e… não pediu pra mamar, sequer perguntou.
Nessa noite, eu a coloquei pra dormir e na hora que seria de mamar, eu apenas disse: “Filha, vamos dormir sem mamar, como você fez com o papai ontem?”. Ela me perguntou: “Mamãe naná com a Clara?”. “Sim, filha, mamãe vai nanar com a Clara, vou ficar aqui juntinho, como sempre”. E então ela me abraçou… e dormiu. Daqui a pouco acordou meio tensa, meio agitada, deu uma choradinha. Então seu pai se juntou a nós na cama, ele a abraçou, eu a abracei, e ela rapidamente dormiu tranquila. Dormiu um sono tranquilo, enquanto eu, muito emocionada, não consegui segurar as lágrimas.
Saí do quarto, fui pra sacada, olhei o céu e caí no choro, um choro que de triste não tinha nada. Era um choro feliz, aliviado. Passei muito tempo temendo o desmame, achando que seria trash, que seria forte, que seria punk, porque eu via minha filha sempre mamando, querendo mamar, sem dar qualquer sinal de que se desmamaria.
Tenho que dizer que os três ou quatro meses que antecederam realmente não foram meses de muita amamentação. Aos poucos ela diminuiu muito a frequência, eu já não oferecia em livre demanda, passei a negociar com ela quando percebia que ela queria mamar por outro motivo que não o chamego, que não o vínculo, quando estava querendo desviar o assunto depois de ter sido chamada sua atenção para algo, ou quando estava entediada. Eu perguntava: “Mas você quer mamar mesmo?” e muitas vezes ela desconversou.
A primeira noite foi assim, como contei.
A segunda nem isso: tomou banhinho, escovou dentinhos, deitamos e ela simplesmente me abraçou e dormiu, sem sequer mencionar mamar.
E assim foi.
A primeira vez em que estávamos num ambiente com alguém amamentando, fiquei tensa. Pensei: “é agora que vai mudar de ideia”, mas nem isso. Muito tranquila, muito resolvida.
Como eu havia decidido não ler mais nada sobre desmame, acabei sem saber o que fazer com a produção de leite depois do desmame. Nos três primeiros dias foi um pouco difícil, mal conseguia levantar o braço esquerdo. Mas depois foi passando, passando, e tudo voltou ao que era antes.

Mas aí ontem, 16 de dezembro, fomos a uma festa de amigos, uma grande festa com muita gente querida. E então ela vem correndo pra mim e diz: “Mãe, quero mamar”.
Tomei um susto. Ela ainda não tinha dito isso.
Só me ocorreu dizer a verdade: “Mas filha, você não mama mais”.
E ela: “Mas eu quero agora”.
E agora?!
Então me acalmei e disse a verdade: “Filha, a mamãe não tem mais mamá pra te dar”. Ela olhou bem espantada e disse: “NÃO?!”. E eu: “Não, filha, não tem mais” – e realmente não tenho mesmo, meu corpo acompanhou minha mente e se readequou muito rapidamente.
Ela ficou meio confusa. Mas foi então que recebi um grande apoio mais uma vez: dos meus amigos. À nossa frente estava uma criança de 7 anos, que disse: “Olha, Clara, aqui também não tem mamá”, e apontou para si mesma. Clara caiu na risada, uma risada gostosa que ela só dá quando acha alguma coisa muito engraçada. Um amigo que estava na frente disse a mesma coisa: “Olha, aqui também não tem mamá”. E Clara ria… Mais um amigo levantou a blusa e disse: “Xiii, Clara, aqui também não tem”, e ela rindo muito. O papai veio perto e também disse: “Filha, papai também não tem”. Então ela não quis mais  mamar e saiu rindo.

Amamentei minha filha desde o seu nascimento. Nunca tive medo de não conseguir amamentar, porque sabia que as 29 horas de trabalho de parto pelas quais passei, tendo sido inundada por todos os hormônios de que precisava para que ela nascesse bem, serviriam para preparar o meu corpo. É pra isso também que uma mulher passa pelo trabalho de parto: para que seu corpo se prepare não só para o nascimento, mas para a função de nutriz, que deve durar muito tempo. A gente precisa dessa enxurrada hormonal.
Clara nasceu e mamou logo após.
Durante muitos meses fui doadora de leite materno para o Hospital Infantil.
Sempre amamentei minha filha quando e onde ela quis.
Tive uma história de amamentação muito, muito feliz. Não tive problemas com isso, não tive fissuras, nem graves problemas.
Voltei a trabalhar 3 meses depois do seu nascimento, tirava leite com bombinha manual, deixava em casa, seu pai dava pra ela, não parei de amamentar.
Foi a amamentação que manteve sua saúde no nascimento dos dentes, quando não queria comer nada; foi a amamentação que manteve sua saúde nos resfriados, quando também não queria comer; foi a amamentação que nos uniu dessa maneira, nos fazendo cúmplices, companheiras, conectadas. Foi a amamentação que me ajudou a encarar a volta ao trabalho, porque eu sabia que esse vínculo era mais forte que qualquer eventual separação.

Ao que atribuo o sucesso da nossa amamentação?
Em primeiro lugar: à minha busca por informações desde a gravidez. Isso me fez mais segura, mais consciente da minha capacidade, me fez
repelir maus conselhos e ter respostinhas prontas a quem quer que fosse que quisesse me desestimular.
Em segundo lugar: ao apoio que sempre recebi do pai da minha filha, que me ajudou de maneiras inimagináveis a ser uma boa nutriz, uma lactante feliz. Tenho comigo lembranças muito amorosas dos primeiros dias de amamentação, que são mesmo muito difíceis e que, acredito, são cruciais para a boa continuidade da amamentação. Lembro-me de que doía muito, de que as mamadas em livre demanda tomavam quase todo o meu tempo, que estranhei muito o fato de ter que parar sempre minhas tarefas para dar de mamar – eu não havia imaginado que seria assim, tão intenso. E em todas essas vezes, durante os primeiros meses, ele fazia algo para minimizar meu desconforto. Colocava um travesseiro nas costas, ou nas pernas, ou me dava um beijo, ou me trazia um copo d´água. Durante as madrugadas, acordava junto comigo para amamentar. Muito, muito parceiro. Isso pra mim era sentimento de amparo, de apoio, de cuidado. Uma mãe que amamenta precisa ser cuidada, precisa ser apoiada, precisa de muito carinho, muito mesmo. Todo mundo que tem em casa uma lactante precisa sempre se lembrar de tratá-la com amor e cuidado, pois ela alimenta um outro ser. Somos mesmo deusas de divinas tetas. Alimentar um ser humano é coisa muito sublime.
Em terceiro lugar: às enfermeiras que me auxiliaram nos primeiros dias.
Em quarto lugar: à minha fisiologia, que funcionou bem bacaninha. Em quinto lugar: a todas as amigas que me apoiaram, incentivaram, que sempre disseram palavras bacanas. Nunca nenhuma amiga foi grosseira, ou desagradável. Sempre fui acolhida por todos. Isso me fez ter a mais absoluta certeza da importância de um ambiente respeitoso e acolhedor para a mulher que amamenta.

Foi um desmame gradual, com diminuição progressiva vinda tanto dela quanto de mim; a mudança de rotina acabou impulsionando o desmame. Mas mais importante que saber se se encaixa nessa ou naquela classificação ou nomenclatura foi ter a mais plena certeza de que nós duas estávamos preparadas. Atribuo a tranquilidade do desmame a uma coisa em especial: ao vínculo da Clara com seu pai. Eles são muito unidos, muito próximos, muito parceiros. Clara percebeu que, tendo crescido, podia encontrar em seu pai o mesmo amparo que encontrava mamando. Por isso passou a dormir tranquila com ele. Eu, como mãe, sinto-me muito satisfeita com isso. Sinto que todas as escolhas que fiz até agora foram acertadas.

Essa foi a minha história de amamentação. Uma experiência muito feliz, que me trouxe muita coisa boa, e que durou 2 anos, 3 meses e 17 dias.
Se eu puder dar conselhos às mães que ainda vão amamentar ou que já estão amamentando, com base na minha experiência, digo:
– amamente; você vai sentir uma forma de amor que de outra maneira nunca sentirá
– não pense no desmame como eu pensei, com medo; nossos filhos sabem mais que nós nesse quesito
– um desmame só pode acontecer quando ambos estiverem preparados
– peça apoio, diga como é importante receber esse apoio, às vezes as pessoas podem simplesmente não saber
– incentive outras mulheres a amamentar. Amamentar é continuar o que fizemos durante 9 meses: é construir nossos filhos a partir de nós mesmas
– ignore todos aqueles que te sugerirem o desmame precoce; os motivos pelos quais dão essa opinião não são baseados em amor, em entrega e dedicação; ou é senso comum, ou é ignorância, ou é interesse comercial.
Amamentar vale a pena. Vale cada segundo de entrega e dedicação.
Só quem já amamentou com amor e entrega sabe disso.
Sou muito feliz por ter podido proporcionar isso à minha filha.  Muito feliz.

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