Eu não havia comentado isso aqui por pura falta de tempo. Mas essa se vale uma notinha…
Foi por muito pouco que essa cientista-que-virou-mãe não alcançou fama nacional nos últimos dias e virou notícia nos jornais. E, creia você, por causa da literatura.
Preâmbulo: eu não sei você, mas eu paro pra pedestre. Paulistana como sou, foi difícil me acostumar com a prática e, nos primeiros dias morando em Floripa, quase dei nas traseiras dos catarinenses que paravam na faixas de pedestre, já que em Sampa, se você faz isso, acaba com alguém enfiado no seu porta-mala com carro, família e tudo.
Aí, dia desses, eu estava voltando do trabalho, já aqui na Lagoa, bem tranquila, e tava ali a faixa de pedestre na minha frente. Como não havia ninguém atravessando, segui adiante. E eis que, estando eu nos primeiros centímetros da faixa, um senhorzinho se joga nela bem distraído para atravessá-la, enquanto conversava com alguém. Quase atropelei o véio, cara! (véio com acento mesmo, que eu odeio a nova regra gramatical que tira o acento de véio e quando a gente quer falar véia, fica parecendo que tá falando de veia sanguínea…) Mas quase atropelei o véio mesmo, e ele nem tomou conhecimento, rindo faceiro enquanto eu freava em cima da pinta. Aí parei, olhei bem, e quase me faltou o ar…
Eu quase matei o Luis Fernando Veríssimo!!!!
Já pensou que bosta?! A nega se ferra toda pra virar doutora, pra cuidar bem da filha e dar conta de tudo, pra, no fim, ficar nacionalmente conhecida porque matou o Luis Fernando Veríssimo atropelado em Floripa…
É pá matá, né não?
Como diria aquela frase dele: “Viva todos os dias de sua vida como se fosse o último. Um dia, você acerta”.
Ou te acertam na faixa…
Já pensou se meu freio não funciona?!
Seria mais uma da série “Pobre é uma desgraça”. Pobre quando fica famoso é porque atropelou alguém…