Dar banho de balde nos bebês virou um hit, ficou pop, tem um monte de mães usando.
Conheci o banho de balde ainda grávida, quando estava estudando sobre outras possibilidades relacionadas a bebês. Vi vídeos e li bastante coisa a respeito.
Banho de balde nos bebês traz, sim, benefícios. Além de ser divertido e de ajudar a refrescar nossos pequenos filhotes homeotérmicos em dias como os de hoje, em que parece que o sol está a apenas 2 quilômetros do seu telhado.
O banho de balde não é uma coisa nova – principalmente se você foi uma criança bem arteira que se enfiava em tudo quanto era lugar que tinha água (a gente tinha um tonel na chácara que recolhia a água excedente que a bomba do poço mandava pra caixa d’água e eu vivia me enfiando lá, de roupa e tudo).
A primeira vez que dei banho de balde na Clara ela tinha quase 2 meses, era bem pequenininha mesmo e precisei segurá-la o tempo todo. Estava bem frio por aqui, então liguei o aquecedor no quarto, coloquei o baldinho em cima da bancada onde está o trocador e os parangolés de higiene, beleza e estilo, e coloquei a pequena dentro, que estava com uma dor de barriga terrível e não parava de chorar. Fiquei segurando pela axila e pela cabecinha e ela lá, com água até os ombrinhos. Relaxou, parou de chorar, mamou e dormiu. E eu quis colocar o balde num altar, mas não combinou com a decoração. Depois a gente quase não usou mais, porque ela gosta tanto de tomar banho na banheira – acho que porque lá ela pode bater os pés, as mãos e tudo mais que ela encontrar pela frente – que deixamos o balde quieto num canto.
O verão chegou e voltamos a usá-lo. A primeira vez foi na casa da vovó (eu me lembro de ouvir minha mãe dizendo, quando eu estava grávida, que iria comprar um balde pras crianças tomarem banho…). E nesses dias de calor insuportável, o balde tem salvo a Clara de uma irritação generalizada causada por calor, porque além de tudo é prático, dá pra usar toda hora. Hoje ela já foi pra lá duas vezes. Lá, ficou conversando com a gente na língua dela, brincou com os brinquedinhos, bateu muito a mão na água e, em ambas as vezes, saiu, sequei, mamou e dormiu. Bem relaxadinha e fresquinha. Salve o balde!
Sobre os benefícios: quando o bebê é micro ainda e chegou há pouco do útero, o balde, com seu formato e água quentinha, o faz lembrar do ambiente em que estava até então. É um pouco diferente da banheira porque restringe os movimentos, o fazendo se sentir mais seguro. Ele fica com as perninhas encolhidas, o que o faz lembrar ainda mais do ambiente uterino. Essa memória afetiva agradável ajuda a liberar substâncias chamadas endorfinas, que são substâncias ligadas ao prazer e que, sendo liberadas no cérebro, melhoram o estado emocional dos bebês e diminuem as dores. É por isso que a maioria dos bebês relaxa após um belo banho de balde. Depois que crescem um pouco, o banho de balde continua a ser prazeroso, principalmente quando já conseguem ficar sentadinhos sem que ninguém precise segurá-los – é o caso da Clara hoje em dia. Antes, ela ainda segurava com um dos bracinhos. Agora, se libera geral: entrou, sorriu, curtiu!
Se você tem bebê e nunca tentou, tente, é muito legal e faz muito bem. Ah, e uma observação: tem para vender um que se diz “oficial”. É o Tummytub. É, digamos assim, um baldão metido a besta. Ele é bem legal mesmo, mas custa quase o preço de um rim no mercado negro. Quem quer comprar o chique, compre. Quem não quer (ou não pode) gastar essa grana toda, pode comprar um balde bem resistente e no tamanho adequado, que faz a mesma função. Mas escolha um que seja reforçado, não vai avacalhar também… E deixe esse balde reservado só para isso, não vai revezar, um dia bebê, um dia pano de chão, que não vai dar boa coisa (embora pareça desnecessário falar isso, SEMPRE é bom dizer).
Não esqueça das seguintes dicas:
– água na altura dos ombrinhos já está ótima (não esqueça que, quando colocar o bebê, a água vai subir, então não deixe muito cheio, como fez a boba aqui na primeira vez, vazando por tudo e promovendo uma esbórnia);
– coloque um tapetinho embaixo, pra não escorregar;
– água morna é o ideal, embora no verão uma água fresquinha também seja ótimo.
E olho neles!
Porque tem bebês mais destemidos que, propositalmente, abaixam a cabeça pra enfiar toda a carinha na água. Nem vou contar quem fez isso hoje… como ela viu que não era uma boa, depois só ficou colocando a linguinha pra provar a água.
Não adianta ficar com paranoia do tipo: “Ui, a água não é filtrada e tem bactéria!” Tá vivo, fia, tá correndo risco. Deixa a criança curtir!
Eis aqui a minha pequena hoje, usando o balde para se refrescar desse calor de Nero.