De massa integral ou convencional, essa receitinha foi utilizada pelo roteirista do Velho Testamento, quando ele precisou dar uma força pra JC, o Grande Comunista, na multiplicação dos pães. Porque, ó, rende que é uma coisa… 

Escrito em 01 de setembro de 2011

Quando eu estava grávida, muitas pessoas me diziam, querendo me tranquilizar sobre o andamento da vida, que não era pra me preocupar porque toda criança nascia trazendo um pedaço de pão… Como se dissessem: "Você vai conseguir, vai dar tudo certo e não vai te faltar nada".
De tudo o que ouvi quando estava grávida, acho que essa foi uma das coisas que mais me marcou.
E então ela nasceu e todo dia 30 – dia do nascimento dela – eu fazia pão como forma de celebrar. Mas fiquei uns dois meses sem fazer, eu acho (ou três, não sei…). E então na madrugada de ontem pra hoje, voltei a fazer.
Toda vez que faço, as pessoas me pedem a receita. E eu sempre fico de mandar e nunca mando.
Então resolvi fazer um post com ela. Ó?! Cientista, mãe e aprendiz de padeira. 
Essa é uma receita especial. Rende muito mesmo.
Então aproveite este meu raro momento de compartilhamento culinário e anote aí. É fácil, barato e não precisa de habilidades culinárias muito desenvolvidas. Grau de dificuldade: se eu consigo, você consegue.

Ingredientes

  • 2 copos e meio de água morna
  • 2 colheres de sopa de açucar
  • 1 colher de sal (ou a seu gosto)
  • 1 ovo 
  • 1 copo de óleo (que você pode substituir por azeite de oliva)
  • 1 kg de farinha de trigo
  • 1 pacote de fermento biológico seco (eu uso aquele que vem em pozinho, que você compra de envelopinho)

Como faz?

 

  • Misture o fermento biológico seco à farinha e reserve
  • Misture, com uma colher de pau, o açúcar, o óleo, o sal, o ovo e a água morna
  • Mas misture bem isso aí
  • Coloque essa mistura em uma bacia e vá acrescentando o trigo misturado com o fermento aos poucos, misturando com as mãos, até o ponto em que a massa esteja desgrudando da mão
  • Cubra bem e aguarde cerca de 1 hora. Mas cubra bem mesmo, enrola num cobertor, é importante ficar bem quentinho pra fermentar mais
  • Aí você vai dividindo a massa como quiser, em quantos pães quiser, nas formas que quiser.
  • Enfarinha uma bancada, coloca ali um tanto de massa e abre com o rolo (é o máximo essa parte, eu amo).
  • Faz lá a forma que você quiser, o recheio que quiser, e manda pro forno em forma untada e enfarinhada
  • Uns 40 minutos de forno

O cheiro que fica na casa é incrível.
Essa massa aceita um monte de mudanças.
Se você quiser uma casquinha mais douradinha e brilhante, pode dar umas pinceladas com um pouco de gema. Ou pode deixar mais enfarinhadinho também.
A massa pode ficar mais doce ou mais salgada, a seu gosto.
E pode rechear com o que quiser também.
Eu já fiz de orégano, de ervas finas, de queijo, de queijo, presunto e tomate, de goiabada, de doce de leite.
Só tem que cuidar com a quantidade de recheio doce.
Porque a megalomaníaca aqui quis rechear bem recheadinho, uma vez, e transbordou tudo, foi uma lambança nababesca.
Tudo porque eu esqueci que goiabada e doce de leite amolecem quando aquecidos…
Bom, taí a receita do pão da Clara. É fazer, deixar a manteiguinha ali do lado, tirar do forno e se acabar!
E vá sem culpa! Lembre da historinha que me motivou a fazer essa receita e celebre a abundância!

As fotinhos claramente não profissionais fazem parte do nosso registro dos pães mensais da Clara.

 

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