Entre um cuidado e outro com minha filha, entre uma comidinha, uma brincadinha, um chamego e afins, em meio aos eventos e peripécias que tenho organizado e a muito trabalho que surge mesmo estando de férias, tenho recebido umas ligações muito bacanas que podem ajudar a tornar a pesquisa sobre ocorrência de desrespeito, maus tratos e violência no parto – que começarei a desenvolver em agosto – uma coisa de maior abrangência. Porque o que eu quero mesmo é que ela atinja o maior número possível de mulheres no Brasil, para que essas mulheres que foram desrespeitadas ou agredidas verbal ou emocionalmente durante os partos dos seus filhos tenham voz. Que possamos conhecer uma parte da realidade da assistência institucional ao parto. Para que todos os envolvidos possam problematizar a questão e que os graduandos da área médica possam ser preparados para agir de maneira diferente do que vem sendo praticado. Para que outras mulheres não sejam vítimas de violência naquele que deveria ser o momento mais especial de suas vidas. Para isso, quanto mais apoio o projeto ganhar, melhor. Quanto mais longe ele conseguir ir, melhor. Quanto mais mulheres puderem ser ouvidas, melhor. Então eu espero, em breve, poder dar uma boa notícia a todas e todos que lutam por mais respeito à mulher parturiente.
Em função disso, tenho estado razoavelmente ligada no que anda acontecendo relacionado à Rede Cegonha. Já falei brevemente aqui sobre o que é esse Programa, que está sendo implementado agora no governo Dilma. E hoje – 05 de julho – eu fiquei sabendo que os municípios interessados em participar do Rede Cegonha têm até o próximo dia 06 de julho para aderir à iniciativa. ALÔ-Ô: DIA 06 É AMANHÃ!
Então, o que eu gostaria de saber é: ALGUÉM SABE SE FLORIANÓPOLIS ADERIU?
ALÔ PESSOAL DA SAÚDE EM FLORIANÓPOLIS: A CidADE SE CADASTROU?
Porque ó, vou falar: eu estive no evento sobre Mulheres e Gênero nos Espaços Público e Privado Brasileiros, que aconteceu dia 08 de junho no SESC aqui em Florianópolis, e lá estiveram presentes os autores da pesquisa e uma representante da área de saúde de Florianópolis – que eu infelizmente não me lembro do nome agora… E EU MESMA fiz questão de perguntar se a cidade estava se inserindo no programa.
A pessoa nem sabia do que se tratava…
E disse que não sabia responder, exatamente porque não tinha ouvido falar nada a respeito…
Peraí, meus camaradas. Eu sou uma reles ninguém que não tem cargo algum na área da saúde e me interesso pelo tema desde que me tornei mãe, há cerca de 1 ano, e estou sabendo… Então como assim “eu não tô sabendo de nada”?!
Eu entrei no site da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis e não tem nenhum destaque pra isso – não que eu tenha encontrado, pelo menos. E olha que procurei…
Então fui fuçando até chegar no “Nossa Equipe” da Secretaria.
Encontrei o nome de Edenice Reis da Silveira, que ocupa o cargo de Gerente de Planos, Metas e Políticas de Saúde, que foi o que mais se aproximou, na minha interpretação, do assunto. Peguei o e-mail dela e enviei a seguinte mensagem:
Prezada Sra. Edenice,
Sendo a senhora a Gerente de Planos, Metas e Políticas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, gostaria de uma informação, por gentileza.
Gostaria de saber se o município de Florianópolis se cadastrou ou aderiu ao Programa Rede Cegonha, instituído pelo Ministério de Saúde em junho último e operacionalizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
É de conhecimento público que os municípios interessados em participar do programa devem se cadastrar até o dia 06 de julho (amanhã) e gostaria de saber se Florianópolis se cadastrou ou irá se cadastrar.Interesso-me profissional e pessoalmente pela questão de humanização do parto e, como cidadã e munícipe, gostaria de saber se o município de Florianópolis será um dos contemplados pelo programa.
Agradeço pela atenção recebida e aguardo retorno.
Cordiais saudações, Dra. Ligia Moreiras Sena
Será que vou receber resposta?
E será que Florianópolis se cadastrou?
Oremos.