“Tem grilinhos, tem grilinhos, tem grilinhos no quintal.
Ora come pouquixinho que lhe pode fazer mal…

Ó Laurindinha, vem à janela.
Ó Laurindinha, vem à janela.
Venha ver seu amor, ai ai ai , que ele vai pra guerra.
Venha ver seu amor, ai ai ai, que ele vai pra guerra
“.

Hoje eu queria que passassem Pinho Sol no meu pé antes de dormir…
E queria comer agora uma fritada de ovos com batatas cortadas em rodelas bem fininhas.

Encarava até um arroz doce com gosto de sabão em pó.
Ou aquela mortadela que ficava em cima da mesa…
Ou até o pão amanhecido com a margarina com pazinha de madeira.
Faria tudo, se isso a fizesse melhorar.

… eu sei que essa tal de morte sempre chega…
… mas os avós deveriam ser isentos disso.
É por isso que às vezes eu não acredito em Medicina. Porque eles nunca conseguem salvar os avós…

Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n’alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê
.”

Luis de Camões, português como ela.

Ela, que não era, deu origem a 11 Moreiras, com s no singular…

Ninguém vai tirar nunca isso dela.
Aguenta vó.
Tem mais dois Moreirinhas pra chegar…

Leave a Reply